11 de fevereiro de 2010

Um presente de grego

Os manda-chuvas da UE decidiram ceder à pressão e oferecer um pacote de ajuda à Grécia, cujos termos ainda não são conhecidos.

Será que deveremos aguardar, na próxima semana, um pacote português, espanhol, britânico, italiano? É um problema de moral hazard complicado. Especialmente quando alguns governos destes países iniciavam reformas dolorosas e necessárias, difíceis de serem defendidas perante à opinião pública.

O problema da UE continua sendo que não há um plano de escape para SAIR do euro. Cada país que arriscar um desacoplamento, será a mesma estória.

Por causa do moral hazard, Bruxelas deverá impor alguma penalidade a quem precisar de ajuda. Provavelmente menos autonomia e mais gerência européia nas contas da nação em problemas, bem mais do que a pressão exercida por FMI.

Isto alteraria um dos princípios da UE, de gerenciamento de contas independentes entre as nações membros. Mas parece ser uma decorrência. Não é possível ser salvo pela Alemanha e continuar independente.

Por outro lado, os políticos dos países que resgatam também vão ser alvos de grandes críticas. Seus eleitores não ficarão nada contentes
em ter que trabalhar duro para pagar pelos erros dos outros.


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