7 de fevereiro de 2010

Ações afirmativas e a crise

Na recente crise financeira os bancos e o capitalismo saíram como os grandes vilões. Os esquerdóides ainda têm orgasmos ideológicos com os reiterados “ataques” aos bônus e a nova regulação do mercado financeiro mesmo nos EUA. Mas pouco se ouve falar do papel que as ações afirmativas do presidente Clinton tiveram nesse processo. Ele incentivou uma política pública (sic) habitacional para incentivar empréstimos para pessoas de baixíssima renda, principalmente negros, com absoluta incapacidade de honrar seus pagamentos. Surgia aí os subprimes e toda uma lambança de papéis para segurar os subprimes, segurar o seguro, resseguro do seguro, resseguro do resseguro na qual se envolveram a Fannie Mae e a Freddie Mac. Ou seja, foi uma iniciativa social (sic) que deu origem a uma crise no sistema bancário. Isso, evidentemente, os esquerdóides amantes de ações afirmativas não falam. Prova de como essas ações afirmativas podem gerar distorções no futuro no campo econômico, social, educacional (cotas nas universidades), entre outros.
Estadão (07/02/10): entrevista com Peter Wallison, especialista em regulação financeira que integra a Comissão Angelides, que está investigando as causas da crise financeira nos EUA.
Existe um sentimento antibancos nos EUA hoje em dia?
Sim, há um sentimento antibancos na população americana hoje. E o governo Obama está encorajando isso para conseguir objetivos políticos. O governo Obama está alimentando o sentimento antibancos (...).
Mas não é correto controlar mais os bancos? Eles não originaram a crise financeira?
Existe uma narrativa, perpetuada pela imprensa e estimulada pelo governo, que os bancos são responsáveis pela crise e agora não estão emprestando o suficiente, e assim não ajudam na recuperação do país. Na realidade, foi uma política de governo que criou a crise, ao incentivar tantos empréstimos subprime, ao insistir que a Fannie Mae, Freddie Mac e bancos fizessem tantos empréstimos. Trata-se de política de habitação do governo, que queria aumentar a todo custo o número de proprietários de imóveis.
Então, os bancos eram apenas coadjuvantes?
Sim, estavam seguindo a política de habitação do governo. Isso não significa que não tenham culpa. Eles fizeram maus empréstimos por sua conta, que foram securitizados pelos bancos de investimento.

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