24 de junho de 2010

Idéias empoeiradas

Assistimos ontem na UFSC a um debate sobre a crise da europa sem muito debate, em que um dos palestrantes, aparentemente saído do museu econômico em que se tornou a universidade, dava um ponto-de-vista marxista e de acordo com a teoria da dependência. Aquela mesma do 'esqueçam o que eu escrevi'.

Uma primeira observação é a eterna fixação desta escola econômica, se é que podemos chamá-la assim, com a industrialização.

A acumulação de capital humano pode se dar em uma sociedade por uma especialização na indústria. Da mesma maneira, muitas nações possuem no comércio e nos serviços de alto valor seus maiores produtos. Da mesma maneira, a extração de commodities hoje também é especializada, dependendo de capital humano bastante capacitado.

Mas esqueça isto. Os desenvolvimentistas aparentemente acreditam ainda em um mundo onde o progresso material é produzido na linha de montagem, e onde os EUA ainda é uma grande potência industrial, capitaneada por GM, Boeing, Ford, que segundo eles, não são os elefantes-brancos que lemos nos jornais, mas sim detentores de tecnologias avançadas. E a China? Ora, você não sabe? A China é dependente da transferência de tecnologia das grandes empresas americanas.

E eu que achava que seis meses depois, independente da vontade dos 'países imperialistas', os chineses copiavam os produtos desenvolvidos na Califórnia ou as coleções de moda lançadas na Europa e lançavam seus clones, 3x mais baratos. E nisto não são nada diferentes de Japão, Estados Unidos e a própria Inglaterra, que em algum estágio de seu desenvolvimento viviam de copiar os métodos e invenções dos outros. E a Coréia do Sul? Ora, não me mencionem a Coréia, deve dizer o professor aos seus alunos. Nem Malásia, Taiwan, Hong Kong, nem Cingapura.

O professor desdenha a tranferência industrial para a Ásia: o verdadeiro desenvolvimento dependeria não da transferência das fábricas, mas da tecnologia. Pouco importa para estes pensadores marxistas o fato de que patentes tenham validade local e possam ser facilmente ignoradas, e que uma linha de produção possa ser facilmente copiada, e que isto ocorre na China até com patrocínio estatal, no esquema de 'joint-ventures' em que uma empresa chinesa se instala ao lado da estrangeira, copiando todo seu processo.

A observação de que Índia e China provavelmente já tenham mais PhDs do que os EUA também não importa para eles. Estes pensadores marxistas, sem experiência de trabalho ou com o mundo prático, pensam que tecnologia é como bomba nuclear ou super-jatos: um segredo militar protegido a sete chaves pelas potências imperialistas, e não técnicas disponíveis até mesmo de graça pela internet a quem quer que tenha curiosidade, inteligência, e a capacidade de fazer bom uso destas informações.

Pelo visto não é o caso dos pobres universitários brasileiros, que para obter um diploma universitário de qualidade cada vez pior, se trancam por um semestre em uma sala de aula que mais se parece com uma cápsula do tempo.

Pouco importa a estes pensadores também que empresários nerds indianos e chineses, fora de seus países de origem, já estejam na linha de frente tecnológica, ajudando a fundar empresas de tecnologia. Parece algo inconcebível para esta escola de pensamento que um árabe, um brasileiro ou um grego possam desenvolver tecnologias avançadas na Califórnia, Canadá ou na Europa e um belo dia resolver se instalar no Brasil ou outro país emergente, levando todo este conhecimento tecnológico com eles. No modelo deles, a roda precisa ser eternamente reinventada localmente.

No mundo de soma zero dos economistas marxistas, há o grupo dos países do centro, eternamente formado por Inglaterra, EUA, Japão, Alemanha, e os países da periferia formados por todos os outros. Como é que entra na cabeça destes economistas que o mundo mudou - como sempre acontece - e tudo virou de ponta-cabeça, e que a China financia EUA, o governo do Japão está falido e em breve se juntará ao colapso da 'periferia' da europa, e a Inglaterra também tenha se transformado em um membro honorário do grupo dos PIIGS?

Neste paradigma, a crise européia se explica de modo extremamente simples, simplório, simplista: os países do centro exploram os da periferia e precipitam seu colapso, e a burguesia não consegue romper barreiras nacionais e acaba por acentuar as concentrações de renda. Os imperialistas alemães sangraram a Grécia até o colapso. Apenas um isolamento pode trazer o desenvolvimento industrial ao povo grego. Decerto como ocorreu na isolada Albânia.

A grande atração deste modelo centro-periferia é sua simplicidade colegial. Além do fato de servir como material de agitação ideológica. Ele não explica muito bem a realidade, mas para que absorver conceitos complicados quando a teoria econômica pode se transformar num confronto do bem contra o mal e de nós contra eles?

22 de junho de 2010

Lula quer conter venda de terras a estrangeiros

A posição de destaque do Brasil no mercado agrícola e de álcool traz muitos investimentos estrangeiros para o interior do Brasil. E milhares de brasileiros são proprietários de terras no Paraguai, responsáveis pela maior parte da produção de soja deste país.

Da mesma maneira, grupos estrangeiros que compram terras no Brasil contribuem para ocupar a mão-de-obra rural, provavelmente já em falta, o que se traduz no mercado por salários mais altos, valorização das terras, aumento da produção agrícola e infusão de tecnologia. Isto tudo traz dinamismo e uma liberdade maior no campo, com a entrada de um grande número de 'outsiders' em um mercado marcado pelo oligopólio e pelo coronelismo, reciclado pela esquerda com seu sindicalismo agrário.

Mas não vamos nos livrar dos grilhões do feudalismo agrário tão cedo. Lula coloca o Brasil na mesma linha agrária nacionalista do Paraguai e outros países que buscam coibir a propriedade de terras por empresas estrangeiras. Lula acena com uma inédita retórica xenofóbica para proteger o 'interesse brasileiro', o que quer dizer, o interesse de grupos brasileiros estabelecidos no setor agrário. Além de proteger possíveis aliados, boa parte de sua posição certamente decorre a xenofobia pura e cega. Mais uma oportunidade perdida.

21 de junho de 2010

Coréia do Norte inicia em má hora transmissão ao vivo

O regime da Coréia do Norte isolou de tal forma o país do resto do mundo que criou uma espécie de conto-de-fadas oficial, onde o grande líder e o querido líder são uma espécie de super-herói, tendo contribuído na liderança do povo coreano de maneira sobre-humana, inclusive inventando vários dispositivos da era moderna, entre muitos outros, o forno de microondas e o holograma. Invariavelmente, estas invenções são roubadas pelos países imperialistas. Podemos fazer piada, mas isto por lá é um fato estudado na escola.

Os portugueses pegaram o regime em péssimo momento. Animados com o resultado respeitável perante o Brasil, pela primeira vez na história resolveram abrir a transmissão do jogo ao vivo. E levaram 7x0 de Portugal.

Ninguém sabe onde é que eles consiguem estas transmissões, todas piratas. Mas a FIFA, que ao longo do torneio tem buscado minimizar o assédio dos jornalistas a esta delegação tão estranha, aparentemente não liga. Só o que eles temem é que a delegação mais estranha dos últimos tempos resolva cometer alguma gafe igualmente estranha, como se mandar para a Coréia antes do último jogo, ou pedir asilo ou cometer suicídio em massa... Tudo é possível.

Mas o mais esperado é que voltem para a Coréia do Norte, onde serão saudados pelo grande líder e tranferidos para seus novos empregos nas minas de carvão.

http://soccernet.espn.go.com/world-cup/story/_/id/5311207/ce/us/north-korea-portugal-match-believed-1st-live-coverage-north-korea&cc=3888?ver=global

Análise do grupo G do Brasil

Já que estamos em clima de copa, porque não colocar nossos modestos conhecimentos econômicos e matemáticos a serviço dos problemas mais urgentes da nação, o que quer dizer, prever o que vai acontecer no grupo G?

Não sou o 'Oswald de Souza', mas vendo as péssimas análises de probabilidades publicadas na página do estadão, resolvi fazer uma análise rápida dos resultados finais do grupo G usando dados do mercado de apostas.

O Betfair está pagando 1.33 para o Brasil em primeiro lugar no grupo G, e 3.75 para Portugal. No mecanismo do mercado de apostas, quer dizer que se você apostar 10R$ no Brasil em primeiro, e isto realmente acontecer, você ganha 13.33R$ de volta: os seus 10R$, mais 3.33R$ de lucro.

Isto implica em uma probabilidade de 75% para o Brasil e 25% para Portugal. A probabilidade do evento acontecer é sempre o inverso das cotações das apostas (odds). Esta probabilidade é uma projeção do que todos os apostadores acham que vai acontecer.

A chance do Brasil se classificar é de 100%, já que se não acabar em primeiro, acaba em segundo.

Mas a chance da Costa do Marfim se classificar é bem mais baixa do que publicada pelo Estadão. Pelo Betfair e pelas minhas contas, está em 1.5%.

19 de junho de 2010

Sugiro uma "Flotilha Humanitária" na Turquia

Textos do Estadão e do Reinaldo Azevedo:
Turquia mata 120 rebeldes em 1 mês.
O Exército da Turquia disse ontem que mais de 120 rebeldes curdos foram mortos em ataques aéreos no norte do Iraque e em incursões de comandos de elite em território iraquiano no último mês. Os insurgentes haviam intensificado os ataques na Turquia nos últimos meses.
(...)
Segundo o general, o comando de elite responsável pela operação matou cinco rebeldes e retornou para a Turquia no mesmo dia. Relatórios da inteligência do país estimam que cerca de 20 insurgentes tenham morrido na ação militar. O Exército turco diz que 4 mil rebeldes curdos estão posicionados no Iraque, na região da fronteira turca, e outros 2.500 em território turco. Pelo menos 545 insurgentes teriam morrido no ano passado. Outros 148 desertaram.
(...)
O PKK ameaça seguir os ataques contra alvos militares e econômicos na Turquia, até mesmo no leste do país, como parte de uma “nova estratégia defensiva” da guerrilha, que luta desde 1984 pela autonomia dos 12 milhões de curdos que vivem na Turquia. Desde então, mais de 40 mil pessoas morreram em confrontos entre insurgentes e Exército.
Comento (Reinaldo Azevedo):
Que coisa! Segundo entendi, a Turquia não respeita nem mesmo os limites de território. Manda bala nos curdos mesmo no Iraque. Sou coerente, sabem? Assim como defendi a ação colombiana no Equador, se os curdos estão usando o território iraquiano para preparar atentados terroristas em solo turco, pau neles!
Fico aqui a aguardar um mensagem de protesto do Itamaraty contra… os turcos, claro! Assim como sou coerente, cobro coerência de Celso Amorim: ou bem o Brasil defende todos os terroristas ou bem não defende nenhum!
Curioso esse governo turco. Parece achar que o único estado que não tem o direito de se defender de ataques terroristas é mesmo Israel… “Ah, a flotilha era pacífica”, grita o inocente. Sem dúvida! Ainda que organizada por um entidade com vínculos com o Hamas.
Não que eu seja do tipo que cobre pacifismo dos turcos — não faço isso desde o massacre dos armênios, pelo menos. Sei bem que 120 curdos, segundo certo ponto de vista, não são nada quando comparados com a morte de nove turcos… O episódio, no entanto, deveria levar o governo turco a refletir sobre a obrigação que têm os países de garantir a segurança de seu povo.
O episódio recoloca as coisas no triste e sangrento terreno da realidade. Durante alguns dias, fiquei com a impressão de que o governo turco havia se tornado, sei lá, discípulo de Ghandi. A Turquia deveria respeitar a forma como cada país é levado a combater os seus terroristas.

17 de junho de 2010

Lula = FHC + China

Análise de Carlos Alberto Sardenberg. E vendo como outros países da América do Sul cresceram junto com a 'era Lula', vemos que vale como sempre aquela velha máxima, para melhorar ou piorar a percepção de um governo pela opinião pública: 'é a economia, estúpido'. Porque se Lula é um 'gênio', Alan Garcia também é, Uribe, Tabaré Vazquez...

Até os Kirchners são ótimos administradores, de acordo com uma leitura isolada e rasa de indicadores macro-econômicos. Este caso é o pior de todos, pois é evidente que a República Argentina está sendo desmontada, e com muita dificuldade vai reverter a tendência de 'embananamento'.

O ciclo da taxa de juros tem efeitos desastrosos não apenas na formação de crises, mas também na introdução de distorções políticas. Valoriza os demagogos que convidam o povo para 'dar um rolê' na fase do boom, e sepulta politicamente bons administradores, que por definição são os que sabem tomar as decisões corretas e penosas nas fases de ajustes. É a seleção natural invertida do pior e do mais irresponsável.

A opinião especializada jamais poderia ser engambelada tão facilmente no fenômeno da 'era Lula'. Pois o 'espetáculo do crescimento' se revela um ilusionismo do governo, ou um fenômeno que acontece apesar dele. Mas com pouca capacidade de análise, isolamento cultural com o resto do mundo, muita desinformação lançada pelos institutos e militantes do governo, se consegue milagres...

14 de junho de 2010

Discípulos de Sorel

Continuamos a tradução do texto de Mises sobre a mentalidade anti-capitalista, especificamente sobre a doutrina de Geoges Sorel. Porque este texto é importante?

Porque sem entender o passado, corremos o eterno risco de repeti-lo. Temos muitos grupos hoje que apelam para a 'luta' de uma militância violenta, onde a causa pouco importa, desde que cumpra o objetivo principal de aglutinar forças , criar conflitos, e selar o elo entre a militância.

A doutrina do fascismo era soreliana: o apelo não era para entender, mas sim transformar o mundo através da ação agressiva. Da mesma maneira, grupos de esquerda, especialmente os mais ligados ao movimento sindicalista, agem da mesma maneira. Beberam da mesma fonte.

Temos hoje diversas causas políticas, e algumas são legítimas e práticas. Outras, utópicas e simplesmente equivocadas. Mas todas correm o risco de seduzir o público e servir de aglutinadores.

As causas mais corriqueiras são em geral atendidas pelos partidos políticos convencionais. Sobram as causas mais absurdas, os mitos, as utopias, na mão de grupos políticos periféricos e geralmente sem escrúpulos.

Depois de conseguido o poder político que desejam, estes movimentos de luta não são mais necessários ao patrocinador ideológico, pois este agora está sentado na mesa com os 'meninos mais velhos'. Precisa, portanto, subornar, desmontar ou mesmo eliminar de forma violenta os militantes mais incontroláveis.

O militante soreliano ideal tem muito tempo livre, neurônios de menos e testosterona demais. Os estudantes são um público cativo destes movimentos, pois tem todos estes ingredientes.

Confundem o direito de expressão com o suposto 'direito' de destruir propriedade, bloquear estradas, vandalizar e agredir quem quer que seja, desde que feito em nome da causa ou lutando por supostos 'direitos'.

E quando uma polícia truculenta reprime estes grupos, um dos objetivo de Sorel está concluído. Pois a lógica tribal consolidará o elo entre os militantes, lutando juntos nas ruas contra a polícia ou contra outros militantes. Com alguma sorte para os estrategistas, algo sairá de controle e algum mártir aparecerá.
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A ideologia mais perniciosa dos últimos sessenta anos foi o sindicalismo de George Sorel, e seu entusiasmo pela 'ação direta'. Gerada por um intelectual francês frustrado, rapidamente cativou os letrados de todos os países da Europa. Foi um fator preponderante na radicalização de todos os movimentos subversivos. Influenciou o realismo francês, o militarismo e o anti-semitismo.

Teve um papel importante na evolução dos bolcheviques russos, do
fascismo italiano e do movimento jovem alemão que finalmente resultaria no Nazismo.
Transformou o propósito dos partidos políticos, não mais interessados em ganhar através do processo eleitoral, mas sim em criar facções que se organizam como bandos de militantes armados. Trouxe descrédito ao governo representativo e à 'segurança burguesa', e pregou o evangelho da guerra civil e externa. Seu principal 'slogan' sempre foi : violência e mais violência. O estado presente das coisas na Europa é em grande parte o resultado dos ensinamentos de Sorel.

Os intelectuais foram os primeiros a saudar as idéias de Sorel: estas idéias aumantavam a popularidade deles. Mas o tenor da ópera soreliana é obviamente anti-intelectual. Ele se opunha ao raciocínio frio e às deliberações sóbrias. O que conta para Sorel são puramente os atos, o
que quer dizer, o ato violento justificando o próprio ato. Lutar por um mito, o que quer que esse mito possa ser, este era seu conselho.

"Se você se posiciona no universo dos mitos, estará protegido de qualquer refutação crítica". Que filosofia maravilhosa essa, que destrói pela própria destruição! Não precisa falar, raciocinar. Mate!

Sorel rejeita mesmo o "esforço intelectual" dos teóricos campeões da revolução. O fim essencial do mito é "preparar as massas para lutar pela destruição do que existe" (o status quo).

Entretanto, a culpa por estas doutrinas terem se espalhado tanto repousa não em Sorel, nem com seus discípulos: Lenin, Mussolini, Rosenberg, nem com as hostes de artistas boêmios e intelectuais irresponsáveis.

A catástrofe aconteceu porque ninguém ousou examinar criticamente e dissecar a consciência dos militantes fanáticos. Mesmo os autores que não apoiaram abertamente a violência sem escrúpulos, sempre achavam algum traço positivo nos piores excessos dos ditadores. As primeiras objeções tímidas foram lançadas finalmente, e com bastante atraso, apenas quando os intelectuais de sustentação dessas políticas perceberam que mesmo a adoção entusiástica da ideologia totalitária não garantiria imunidade automática da tortura e das execuções sumárias.

13 de junho de 2010

Um sindicalismo de fancaria

O invasionismo alimenta a linha mais dura da burocracia universitária e impede queixas legítimas
Universidades não são latifúndios improdutivos, nem canteiros de trabalho escravo, nem fábricas falidas. Setores do movimento sindical na universidade, extremamente minoritários, mas muito bem encastelados em entidades cada dia menos representativas, em parte graças a sua própria ação deletéria, revelam notória e muita vez intencional cegueira em relação à realidade específica desse espaço público.
(...) de uns anos para cá virou moda atacar a universidade, de dentro, valendo-se até oportunistamente da facilidade que é promover tais assaltos à luz do dia, por meio de métodos violentos contrários ao espírito pacifista próprio de qualquer comunidade universitária digna do nome, com invasão e ocupação de reitorias e outros locais do campus.
A história se repete aqui como farsa. Se o grevismo acabou sendo a doença infantil do sindicalismo combativo que veio do final dos anos 70 e início dos 80, ainda em plena ditadura, tornando esse instrumento legítimo de lutas e mum mecanismo burocrático e exaurido em sua redundância sem rumo e sem critério, o invasionismo atual é um arremedo de movimento, na verdade reacionário, ao alimentar as vozes mais linha-dura da burocracia universitária e ao impedir, na prática, qualquer movimento sindical de seguir com alguma pauta legítima de reclamos.
Espetaculoso em sua violência predatória de bens caros ao povo brasileiro, intimidatório contra os próprios aliados estratégicos – funcionários e docentes trabalhadores progressistas, vários deles militantes contra a ditadura e contra o capital, os novos ninjas da barbárie antiuniversitária, imitando gestos e indumentária de agentes violentos do Estado ou do crime organizado, contribuem ativamente para o isolamento ainda maior do espaço universitário e corroem internamente sua autonomia. Sua vocação para reality show também os põe a serviço da sociedade do espetáculo, ao reificar a violência, nesse caso gratuita, em geral desencadeada antes de negociações decisivas,como para impedi-las de fato. Exibicionistas de pouca imaginação, esses invasores são sindicalistas de fancaria, sempre provocando desfechos que fechem qualquer diálogo, num monólogo que parece reiterar o desejo perverso endereçado às reitorias: “Chamem a polícia, chamem a polícia...”
O invasionismo como método e como moda não é apenas umadoença infantil. Na prática, desenha-se como antessala de certa modalidade de fascismo, já detectado nos anos 70 por Pasolini na Itália: o fascismo da sociedade do consumo e do espetáculo. A violência é sempre avessa a qualquer discurso, já que faltarão, a esses ninjas covardes, argumentos minimamente comunicáveis, ideias socialmente compartilháveis, para justificar a ira contra dependências universitárias, contra máquinas de fazer café para servidores, contra computadores, salas de reunião de órgãos representativos de toda a universidade (e da sociedade), que certamente podem merecer ser reformados e ver ampliada sua democracia, mas jamais ser física e simbolicamente destruídos.
(...) Quem tem medo de ser contra o invasionismo? Fica aqui uma sugestão às entidades do Fórum das Seis: debater a sério, sem subterfúgios, democraticamente, a crise profunda de sua própria representatividade. Sem bodes expiatórios nem fantasmas conspiratórios. Sem autovitimização oportunista. Se a grande massa de docentes e servidores das novas gerações ausentaram-se por completo de suas associações isso não pode ser explicado, autocomplacentemente, como alienação ou cooptação.
O abismo foi criado por direções alheias e discursos envelhecidos. Autocríticas não podem ser rituais vazios: devem ser responsáveis e consequentes. Quem de fato deseja o avanço da universidade pública?
FRANCISCO FOOT HARDMAN É PROFESSOR
TITULAR DE TEORIA E HISTÓRIA
LITERÁRIA NA UNICAMP

9 de junho de 2010

Controle da informação: um projeto a ser passado para a companheira Dilma

O jurista Ives Granda deu uma entrevista uns meses atrás no programa do Jô Soares sobre o tema do 'projeto de direitos humanos', que Lula diz ter assinado sem ler. O PNDH3 não tem nome de arma química por acaso. Visava implodir as liberdades conquistadas no Brasil ao longo de sua história.

Vale à pena ouvir ao Dr. Ives pelo seu grande preparo e didatismo. Se nosso país tivesse 1% de pessoas como ele, com certeza estaríamos mais perto da civilização e mais longe de projetos autoritários.

http://www.youtube.com/watch?v=IW7EQW1_1Kk&feature=related

Chávez amplia controle da informação

Governo da Venezuela cria organismo que poderá classificar qualquer dado como sigiloso, incluindo números sobre saúde e segurança
O governo da Venezuela criou de um centro de análise que terá a prerrogativa de classificar como sigilosa qualquer informação de “interesse nacional” para limitar sua divulgação.
Na prática, o governo de Hugo Chávez poderá proibir a difusão de informações sobre qualquer tema. Para a oposição venezuelana, amedida dá a Chávez o poder de ampliar o controle não só sobre a mídia do país, mas também sobre a sociedade em geral.
O Centro de Estudo Situacional da Nação (Cesna), cuja instalação foi formalizada na quinta-feira pela Gaceta Oficial, “poderá declarar de caráter reservado, classificado ou de divulgação limitada qualquer informação, fato ou circunstância” que chegue ao conhecimento do organismo. O decreto não limita as áreas de abrangência da medida.
(...)
Desde a semana passada, o governo tem ameaçado punir responsáveis por blogs que divulgam a cotação do dólar no mercado negro. A prática de informar o preço da moeda, cujo valor é fixado pelo governo, é considerada crime e teria motivado o decreto sobre a proibição de informações.
Mas o novo instrumento pode ser usado também para impedir, por exemplo, a divulgação no número de mortos pela violência comum nas grandes cidades venezuelanas – 107 a cada 100 mil habitantes em 2008, a maior média de toda a região.
Ainda ontem, cinco desconhecidos lançaram cinco coquetéis molotov contra o grupo Cadena Capriles, do qual faz parte o diário Últimas Noticias, mas ninguém ficou ferido. / AFP e EFE

Comento: A turma dos movimentos sociais e ongs no Brasil estão tendo orgasmos com essa notícia. A recente conferência de comunicação e o plano de direitos humanos tinham claramente o objetivo acima.

8 de junho de 2010

O "novo Delúbio" e a concorrência grudada no Estado

‘Pagador’ do comitê fatura R$ 214 mi na gestão Lula
Faturamento de uma das principais empresas da família de Bené saltou de R$ 95 mil em 2004 para R$ 43,9 milhões no ano passado
A trama para montar uma central de dossiês no comitê de Dilma Rousseff trouxe à ribalta um personagem até então desconhecido que tem transitado com desenvoltura entre os bastidores da campanha petista e a máquina de contratos do governo federal.
Conhecido como Bené, o jovem empresário brasiliense Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, 34 anos, ficou rico no governo do PT e, discretamente, tornou-se uma espécie de filantropo do comitê de Dilma. Encarregado de cuidar das finanças e da logística
da megaestrutura montada em Brasília para servir à pré-campanha petista, o empresário participou até das negociações com os arapongas contratados pelo comitê para produzir dossiês contra adversários de Dilma.
(...) A história de Benedito é um caso de sucesso em negócios com o poder público. Desde 2004, as duas principais empresas de sua família, a Dialog e a Gráfica Brasil, faturaram R$ 214,4 milhões em contratos com o governo federal. Até então, o faturamento da gráfica junto ao governo seguia a média das concorrentes brasilienses. Naquele ano, a empresa fundadaem 1974 pelo pai de Bené, Romeu de Oliveira, recebeu do governo R$ 95 mil. A Dialog, àquela altura, estava iniciando suas atividades.
De repente, a gráfica passou a abocanhar sucessivos contratos em 19 ministérios e na Presidência da República que, de lá para cá,somam R$ 138 milhões. A novata Dialog, dois anos após abrir as portas, começou a trilhar o caminho da coirmã e, desde então, já faturou R$ 76,3 milhões.
Comento: Falta capitalismo no Brasil. Todo o empresário sabe que para crescer aqui é preciso estar grudado no Estado. O setor empresarial brasileiro está mal acostumado. É patrimonialista. Vive as custa do Estado.
Enquanto nossa política for dependente de Delúbios não haverá liberdade de mercado, pois isso (eu sei bem o que é competir com uma empresa grudada no Estado) derruba os empreendedores e distorce a concorrência.

7 de junho de 2010

Pela liberdade dos agitadores e pseudo-intelectuais

Neste artigo, um Mises bastante frustrado com a situação européia de sua época culpa o estado de coisas pela sedução da opinião pública pelas idéias dos pseudo-intelectuais. Idéias utópicas, destrutivas, e que levariam à formação de regimes totalitários, alguma vez circularam pela Europa como a 'última moda'.

Entretanto, conclui Mises, o ambiente de liberdade que possibilita o aparecimento de artistas decadentes, o agitar frenético dos ativistas de toda espécie, e a supremacia dos pseudo-intelectuais é o preço a pagar para que os verdadeiros pensadores possam respirar e produzir as boas idéias. A liberdade serve para propagar tanto idéias boas quanto idéias ruins, que podem no final colocar em risco a própria liberdade de que estes grupos desfrutam. Isto parece escrito sob medida para a nossa era de 'chantagistas sociais'. O problema não é de hoje...

Em seguida, nossa tradução de um trecho do livro 'A mentalidade anti-capitalista':


No universo não há estabilidade nunca, e em nenhum lugar encontramos imobilidade. A mudança e a transformação são componentes essenciais da vida. Cada estado de coisas é transiente. Cada era é uma era de transição. Na vida humana nunca há calma e repouso. A vida é um processo, e não perseverança no 'status quo'. Ainda assim, a mente humana sempre foi iludida por uma imagem de existência imutável. O fim declarado de todos os movimentos utópicos é o de colocar um fim à história e estabelecer uma calma final e permanente.

As razões psicológicas para esta tendência são óbvias. Cada mudança altera as condições de vida e de bem-estar e obriga as pessoas a se ajustarem continuamente à modificação em seus ambientes. Isto fere os interesses estabelecidos e ameaça os modos tradicionais de produção e consumo. Incomoda a todos os que são inertes intelectualmente e se abstém de revisar as suas formas de pensamento.

O conservadorismo é contrário à própria natureza da ação humana. Mas é sempre a plataforma favorita das maiorias, dos inertes que estupidamente resistem contra avanços em suas próprias condições, proporcionado pelas ações de uma ação de uma minoria alerta. Ao empregar o termo 'reacionário' alguém se refere em geral aos padres e aristocratas que se reúnem sob a bandeira de um partido conservador. Entretanto, os exemplos mais notáveis do espírito reacionário nos são exibidos por outros grupos. Pelas guildas de artesãos que bloqueiam o acesso dos novos entrantes. Pelos fazendeiros que pedem proteção tarifária, subsídios e 'preços justos'. Pelos assalariados que são hostis às inovações tecnológicas, e estimulam programas de cabides de emprego e similares.

A arrogância vulgar dos 'estudados' e dos artistas boêmios considera a atividade do homem de negócios como uma mera atividade pecuniária. A verdade é que os empreendedores e empresários exibem mais faculdades intelectuais e intuição do que o intelectual ou artista médio. A inferioridade destes intelectuais reside justamente no fato que eles falham completamente em reconhecer que para operar um empreendimento comercial é preciso poder de raciocínio.

A emergência de uma classe numerosa de intelectuais frívolos é um dos fenômenos mais infelizes do capitalismo moderno. Seu notável agitar causa repulsa às pessoas de bom senso. Eles são uma constante incomodação. Não causaria dano a ninguém se algo fosse feito para reprimir o agitar deles, ou mesmo varrer para fora deste mundo os seus grupos e panelinhas.

Entretanto, a liberdade é indivisível. Qualquer tentativa de restringir a liberdade de pseudo-artistas e intelectuais decadentes colocaria nas autoridades o poder de determinar o que é bom e o que é mau. Isto socializaria o esforço intelectual e artístico. É questionável que isto fosse suficiente para extirpar os desagradáveis e inúteis, e seria quase certo que colocaria obstáculos intransponíveis no caminho dos verdadeiros gênios. Pois os poderes constituídos não gostam de novas idéias, novas formas de pensar e novos estilos artísticos. Eles se opoem a qualquer tipo de inovação. A supremacia cultural das autoridades resultaria em uma arregimentação cultural, o que traria estagnação e decadência.

A corrupção moral, a licenciosidade e esterilidade intelectuais de uma classe de pretensos autores e artistas vagabundos é o resgate que a humanidade precisa pagar para que os pioneiros criativos estejam livres para realizar seu trabalho. A liberdade deve ser garantida à todos, mesmo para as pessoas de baixa índole. Em particular para aqueles que usam a liberdade apenas para trazer mal à humanidade. As licenças de que desfrutam os boêmios maltrapilhos do 'quartier latin' de Paris é uma das condições necessárias à ascenção de uns poucos escritores, pintores e escultores verdadeiramente geniais. A primeira coisa que um gênio precisa é de espaço livre.

No final das contas, não é a atitude frívola dos intelectuais boêmios que gera o desastre. Mas sim a vontade por parte do público de aceitar suas opiniões favoravelmente. O mal reside na adoção sempre rápida por parte dos formadores da opinião pública, e no final, pelas massas sem rumo, das idéias defendidas por pseudo-filosofias. As pessoas estão sempre ansiosas para subscrever a última moda, ou correm o risco de parecerem chatas ou 'quadradas'.

3 de junho de 2010

Para medir o cinismo

Gostaria de sugerir aos jornalistas que acompanham o caso da "flotinha humanitária" que perguntassem a esses humanistas se eles estariam dispostos a realizar uma "flotinha humanitária" para socorrer os presos políticos em Cuba. Aí a máscara cai. Esses chantagistas sociais, travestidos de humanistas, usaram a flotinha para criar um confronto com Israel. Cínicos.
São antissemitas, antiamericanos, anticapitalismo, não há nada de humanista na suas ações.

No caminho certo

O governo da Grécia anunciou seu plano de privatização, prevendo levantar € 1 bilhão ao ano durante três anos, como parte de seus esforços para ajustar as finanças públicas e reduzir o elevado déficit do governo.
O ministro das Finanças,George Papaconstantinou, disse que o governo deverá privatizar 49% da divisão de operações da companhia férrea OSE. Serão vendidas também a participação do governo em vários cassinos, a participação de 39% nos correios e a participação em vários serviços, como em companhias de saneamento das duas maiores cidades gregas.
O governo pretende vender 10% de sua participação na companhia de tratamento de água Athens Water Supply and Sewerage e 23% na Thessaloniki Water Supply and Sewarage para investidores estratégicos ou por meio da abertura de capital. Em ambos os casos, o governo manterá o controle de 51%.
(...) O plano prevê que a Grécia reestruture a companhia férrea OSE até o fim destemês. Acompanhia tem dívidas de mais de € 10 bilhões e prejuízos anuais de € 1 bilhão,segundo Papaconstantinou. O ministro disse que o governo também procura novas oportunidades para privatizar ativos estatais, tanto por meio da venda de participações, como por meio de contratos de administração rivada, incluindo portos,aeroportos e vastas propriedades estatais. /DOWJONES NEWSWIRES

2 de junho de 2010

Lula defende altos impostos : Rumo ao modelo de estado ativo, sociedade passiva.

Recentemente celebramos no país o dia da liberdade de impostos, data a partir da qual paramos de trabalhar para o estado e começamos a trabalhar para nossas famílias este ano.

Talvez reagindo contra isto, e falando de improviso para a anacrônica CEPAL, o Rei Lula defendeu a alta carga tributária, deixando a seguinte frase:


Caso o nosso presidente alucinado não tenha percebido, a nossa carga tributária caminha não para 10% ou 20%, mas para 40% do PIB. Isto é comparável às taxas praticadas nas economias dos países ricos (OECD), sem obviamente oferecer serviços de qualidade comparável aos oferecidos nestes países. Aliás, estas economias atualmente se encontram estagnadas, e seus países enfrentam graves crises fiscais, não sendo mais, portanto, receita de sucesso para ninguém.

A carga tributária brasileira destoa completamente de outros países em desenvolvimento com perfil similar ao do Brasil. E, dependendo da vontade do planalto, mais e mais recursos serão sugados na construção de um estado forte:

- Um estado forte que paga benefícios sem similar no setor privado para os servidores federais, incluindo generosas aposentadorias,
- Um estado forte que cria programas de cabides de emprego e loteia órgãos estatais entre seus simpatizantes
- Um estado forte que paga 'indenizações' a jogadores de futebol, a militantes de esquerda, e a certos grupos étnicos.
- Um estado forte que paga milhões de reais para 'organizações não-governamentais', para 'sindicalistas' e 'movimentos sociais', tudo entre aspas, pois em sua grande maioria não passam de uma rede de oportunistas e chantagistas sociais.
- Um estado forte que irriga abundantemente uma máquina de desperdício e de corrupção para ver seu projeto de poder passar sem oposição pelo sistema político estabelecido.
- Um estado forte que gasta milhões com propaganda e imprensa oficial, comprando e coagindo a imprensa privada, bem como lançando seus próprios canais de comunicação.
- Um estado forte que oferece isenções fiscais aos amigos, e tira da boca da população para colocar bilhões e bilhões nas grandes empresas brasileiras, especialmente nas semi-estatais e nas empresas dos amigos do rei.
- Um estado forte que recusa investimento externo ou privado, tomando para si com exclusividade o gerenciamento de grandes obras de infra-estrutura seguindo o modelo Geisel, para grande alegria das empreiteiras contratadas.

E, finalmente, o bode expiatório de tudo isso. Um estado forte que compra com programas de assistência o voto de milhões de súditos pobres-coitados, com o objetivo de se perpetuar no poder.


1 de junho de 2010

Governo vai dar Bolsa Família para 46 mil moradores de rua

Era só o que faltava. A "ineficiência" popular da atual candidata do governo é auxiliado por mais uma ação política em prol de sua candidatura.

Texto publicado pelo O Globo

BRASÍLIA - O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome vai começar a distribuir o Bolsa Família para 46.078 moradores de rua identificados nas cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Com base em levantamento feito pelo IBGE, cerca de 300 mil bolsas serão destinadas a eles e a quilombolas, ribeirinhos e indígenas. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome já atende a população de rua em um programa piloto em Belo Horizonte. A ideia do governo é atacar esses "bolsões de pobreza" agora de forma mais consistente. Hoje, 12,4 milhões de famílias (49 milhões de pessoas) recebem Bolsa Família.

O texto na íintegra no link abaixo

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/05/31/governo-vai-dar-bolsa-familia-para-46-mil-moradores-de-rua-916750191.asp

Que Brasil é este dos 5% do contra?

Colunista chapa-branca se indaga, quem seriam estas criaturas que insistem em classificar como 'ruim e péssimo' o governo Lula?

Segundo ele, deve se tratar de algum fenômeno psíquico.

Ou então, prossegue, devem ser os 9 milhões que lêem as informações da 'grande mídia'.

É muito simples, senhor Kotscho, o senhor quase acertou em sua frase. Devem ser os 9 milhões que lêem, ponto. Os que lêem e entendem, observam a realidade ao seu redor e raciocinam. Os que fazem pesquisas. Os que não são ludibriados pela propaganda oficial e nem convencidos por nacionalismo barato e sonhos utópicos. São os que não são comprados com crédito subsidiado, cabides de empregos, posições de poder ou com esmolas assistenciais.

Este clima de ufanismo que não aceita críticas só foi visto na época da ditadura militar. Ou talvez nem nesta época, já que a 'grande mídia' também se posicionava de maneira cautelosa. Qual é o tamanho do consenso desejado pelos Lulistas? 100% de aprovação, como nos países onde Top-Top, o anão Amorim e 'O Cara' fazem sua diplomacia?

Já que estes infelizes do contra precisam ser ajudados pela sociedade, porque não formar centros de capacitação cívica pelo Brasil afora? Que tal obrigá-los a passar por cursos de formação cívica? E que tal, no final, obrigá-los a segurar cartazes se arrependendo de terem ousado criticar o maior líder das galáxias?

No link original, podemos ver 500 comentários, em geral de membros do clube dos 5%.

E você, faz parte deste clube? Já somos 9 milhões de teimosos irracionais? A saúde psíquica da nação brasileira está piorando rapidamente.

"Chantagista social" será deportada. Não, não, manda pra Cuba.

A reação da cúpula do governo brasileiro nessa crise provocada contra Israel revela uma característica marcante da esquerda brasileira. Ela é antiamericana, anticapitalista, anti-semita, antiliberal, anti-racionalismo, anti-ciência... (me perdoem mas não decorei as novas regras do travessão!)
Infelizmente, não há nas universidades brasileiras algum expert para estudar esse fenômeno, e explicar e denunciar que isso tudo vai dar em fascismo bolivariano.
Escutar o top-top-top Garcia dizer que ficou chocado é de virar o estômago. Chocado fico eu com tanto cinismo.