27 de janeiro de 2011

A herança social do bravateiro

Na Folha de São Paulo:
Mudança na Oi dá alto ganho a acionistas
Em um dos negócios mais rentáveis do setor, fundos de pensão lucraram 85% ao revender suas ações à Portugal Telecom
O ingresso da Portugal Telecom no bloco de acionistas controladores da Oi deu aos sócios brasileiros da tele um dos negócios mais rentáveis vistos no setor.
Os fundos de pensão estatais Petros (dos empregados da Petrobras) e Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal) lucrarão 85%, descontada a inflação.
(...) O negócio foi ainda mais rentável para os grupos La Fonte (Jereissati) e Andrade Gutierrez, que têm o controle da gestão do grupo Oi.
(...)

Comento: Nessa república sindical-fisiologista o bravateiro altera a lei para concretizar o negócio e encher o bolso dos amigos e do filho, conhecido como "Ronaldinho".

24 de janeiro de 2011

Protecionismo dificulta pesquisa tecnológica no Brasil

Estado: Pesquisadores dizem que o sistema de importação do CNPq, o Importa Fácil, é difícil.

Presidente do CNPq:

Estamos tomando medidas para mudar isso. O Importa Fácil tem etapas e, se você estiver treinado nessas etapas, é fácil. O único problema é que só pode ser feita a importação pelos Correios. Se tiver treino e não esquecer nenhum papel, é fácil. Estamos preparando um curso de educação à distância, de no máximo uma hora, para ensinar a fazer uma importação. Mas fazer importação no Brasil é, muitas vezes, mais difícil que nos Estados Unidos. Isso porque temos uma lei de 1990 que dá isenção de taxas e impostos à importação para pesquisa. Se por um lado é bom, porque te permite comprar mais coisas com o mesmo dinheiro, é a razão de tanta burocracia. Nos EUA não tem dispensa de imposto. Por isso há empresas especializadas em importar para fornecer material aos pesquisadores.


http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,e-preciso-promover-pesquisa-nas-empresas,669760,0.htm

Comento:

Muito da nossa burocracia se explica pelo protecionismo brasileiro. Para estimular a indústria eles colocam uma muralha em volta do país, e assim somos sempre os últimos a adotar as novas tecnologias, os últimos a ficar sabendo, e no final os que pagam mais caro por ela.

Isto atinge o astrônomo amador, o fotógrafo, o cientista do CNPq, o viciado em tecnologia que desenvolve aplicativos e quer obter sempre os últimos gadgets, que por aqui são tarifados abusivamente.

E afeta até mesmo as próprias indústrias abaixo da cadeia que precisam comprar de fornecedores locais máquinas e componentes piores e mais caros, ou então pagar os impostos abusivos e empregar gente cuidando de importação de componentes, e lidando com as inúmeras surpresas da receita federal.

Este sistema afeta todo mundo, na verdade, até chegar ao consumidor final que compra um produto com tecnologia de 5 anos atrás recém lançado no Brasil pagando o dobro do preço lá de fora. É um sistema que não funciona e que funciona particularmente mal na área de tecnologia.