6 de fevereiro de 2010

Influência de Cuba divide Venezuelanos


Estadão 06/02/10:
O convite feito pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, para que o veterano comandante da Revolução Cubana Ramiro Valdés seja o novo “czar do apagão” na Venezuela desatou ontem uma enxurrada de críticas e protestos no país. O convite é feito num momento em que a presença cubana em setores da administração pública, do governo e até das Forças Armadas venezuelanas está em evidência e se tornou o centro de um amplo debate no país. (...)
“Não dá para entender como o ministro de um país onde os apagões são crônicos há muitos anos contribuirá para a solução do problema na Venezuela”, disse ao Estado o cientista político venezuelano Omar Noria, da Universidade Simon Bolívar. (...)
Segundo dados não oficiais, hoje há cerca de 60 mil cubanos na Venezuela. Desses, 30 mil são médicos e profissionais da área de saúde que trabalham em pequenos hospitais e postos da periferia dos centros urbanos, nas chamadas missões Bairro Adentro.

Comento: Visitei uma missão Bairro Adentro no bairro Macarao no fim da linha de metrô de Caracas. De lá saí com as seguintes impressões: a positiva é que a missão levou médicos cubanos e algum serviço de saúde com um estrutura mínima (foto acima), mas as negativas são que o programa de saúde preventiva vendida pelo militante chavista que me acompanhava era nada mais que um cubano enfiando antibiótico na bunda da criançada, e o acesso era restrito para apenas parte da população. Assim como no programa Mercal (um mercado a preços populares), a quantidade de pessoas atendidas era incompatível com o tamanho da população. Não pude atestar concretamente, mas o acesso aos dois serviços era limitado por algum critério qualquer, bolivariano provavelmente.

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