Eles desenvolveram um sistema de cálculo chamado Datavision, que fornece, baseado na movimentação do mercado de credit default swap, que é o equivalente do seguro do seu carro, só que para títulos de empresas e do governo. Quando há um problema com alguma empresa, bancos e investidores resgatam seus CDS.
Os CDS estiveram em foco durante a crise. Pois a estrutura em que operam era extremamente frágil, supondo que todos estes eventos de quebras eram isolados. É muito difícil comprar um seguro contra eventos que acabam atingindo o mundo inteiro.
Mas, em todo caso, após a crise os governos de vários países socializaram dívidas imensas de bancos e de instituições para-estatais, como as agências de habitação americanas. Isto teve um grande peso na dívida pública e colocou vários novos países na área de altíssimo risco de calote, encabeçada pelas familiares Venezuela e Argentina.
Infelizmente não é possível acessar dados históricos. Mas a página de cortesia nos fornece uma tabela recente , calculada pelo Datavision.
O CPD, cumulative probability of default, é o número da última coluna, e ele representa qual é a probabilidade do título deste país sofrer um calote nos próximos 5 anos, que é geralmente o prazo médio dos títulos. Aos tradicionais campeões de quebra de contas públicas, se uniram países como Ucrânia e Paquistão, com sérias crises políticas, e Iraque, recém saído de uma guerra.
Por exemplo, o sistema deles associa uma probabilidade de 51% dos títulos da Argentina e Venezuela sofrerem um calote. Um dos calotes soberanos mais recentes foi o do governo do Equador.
Segue a tabela e o link.
Sovereign Risk Monitor
http://www.cmavision.com/market-data
Venezuela 51.73
Argentina 51.13
Ukraine 45.17
Pakistan 45.13
Iraq 35.61
Iceland 33.80
Dubai 31.81
Latvia, 29.24
Greece 29.18
California 25.55
Um comentário:
Ué, a crise na Europa é por causa da Grécia, mas as probabilidades dela são da mesma ordem que a Califórnia!!!
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