6 de fevereiro de 2010

A impunidade social contamina até o DEM

No Estadão (06/02/10): Servidores do Senado fraudam ponto eletrônico
(...) O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), titular da primeira secretaria do Senado, onde será feita a investigação, informou que os cinco funcionários foram aprovados em concurso público recentemente e ainda estão em estágio probatório. Ao informar que uma sindicância investigaria o caso, Fortes aproveitou para teorizar sobre o porquê de os funcionários terem fraudado o sistema.
“Eu, se fosse advogado deles – que não sou, não posso ser e nem quero ser –, alegaria que eles vieram e foram contaminados com a prática que existe, que infelizmente é comum, não aqui no Senado, mas na administração pública brasileira, essa história de burlar hora extra, de burlar o ponto, de enganar a si próprio”, disse o senador.
“Eu confesso, como ser humano, como pai, que não gostaria que houvesse uma pena máxima, como a de demissão. Talvez a suspensão. Não sei nem se a comissão pode caminhar por esse rumo”, completou.
(...) No ano passado, o Senado pagou R$ 87,6 milhões em horas extras – R$ 3,7 milhões a mais que em 2008.

Comento: Eu confesso, como pagador de imposto, que exijo a demissão desses funcionários. Essa mentalidade social de perdoar o sujeito que pratica a corrupção tem um efeito perverso em toda a sociedade, e não somente no serviço público, a certeza da impunidade pois tem sempre um chantagista social passando a mão na cabeça dos corruptos. Sem exemplo concreto, essa mamata não vai acabar. Lamento profundamente que até um senador do Democratas tenha caído nesse papo social do “ser humano”, “como pai”. Tenha pulso firme senador.

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