20 de maio de 2010

Um irmão morando na Grécia

Tenho um irmão morando em Creta e abaixo ele descreve um pouco do impacto da crise por lá:
Os impactos ainda não chegaram a fazer tanta diferença, pois tentamos viver de modo econômico, comprando as coisas mais baratas possíveis no supermercado e etc. Além disso meu pagamento do Brasil não é afetado e os adicionais que recebo por aqui também não devem ser enquanto os projetos não terminarem.
Mudanças que já estamos sofrendo mesmo antes deste último pacotão:
- Academia está mais cara;
- Faz cerca de um mês a gasolina foi de cerca de 1,3 euros para 1,6 euros, e com as novas taxas deve chegar a 2 euros em breve. Na baixa do preço do barril, chegamos a pagar 90 centavos por litro.
- Contas de água e energia elétrica já vieram com 2% a mais de imposto (e não está claro para mim se o imposto vai aumentar mais ou não). A próxima conta de telefone deve vir com 2% de imposto a mais também.
- Alguns produtos do supermercado (principalmente de marcas) já aumentaram de preço, mas ainda não foi para valer. As marcas do próprio supermercado ainda não aumentaram. Tudo deve aumentar a partir de junho por causa das novas taxas.
- Várias lojas no centro encerraram as atividades e não há sinal de que alguém vá iniciar um novo negócio no mesmo lugar.
- Paralizações de 24 h acontecendo com mais frequencia. A Ana teve que deixar Creta mais cedo quando foi para o Brasil por causa de greve. Hoje tem greve.
- RU aumentou um centavo de euro.
- Logo no início da crise fizeram algumas reformas no serviço público (para inglês ver), e logo no primeiro dia da reforma tive que fazer um exame médico. Tive que esperar 15 dias para conseguirem descobrir onde os alunos da universidade devem solicitar a autorização para realizar o exame médico. Ninguém sabia.
- Nossa vizinha teve a carga horária dela reduzida em uma escola particular e vários pais estão inadimplentes.
- Como fico abaixo do mínimo na declaração de IR, o governo retem na fonte acho que 21% do que eu recebo (daqui da Grécia) e depois devolve 18%. A partir de maio eles vão reter mais (não sei quanto) e vão devolver menos (acho que ficarão com 6% ao invés de 3%). Por sinal, a devolução deste ano não sei se vem nem quando vem.

Um comentário:

Julek disse...

Muito interessante ter esses relatos em primeira mão. Mas ao invés da expressão 'para inglês ver' sugiro usar 'para alemão ver' ;).