4 de maio de 2010

Olá Marcos/DF

Olá Marcos!

O Delfim Neto é um senhor economista. Se não bastasse, sabe escrever e se expressar muito bem, inclusive para o público leigo. Mas a sua escola, que vem desde o governo militar, é da intervenção do Estado na economia. Por isso, ele se dá tão bem com o presidente bravateiro e esse governo.
Também é verdade que a cada movimento do Banco Central com relação aos juros surgem bravatas (o presidente fez escola!) de todos os lados. Delfim Neto pondera e mostra que a gritaria pode ser menor e que esses movimentos são normais e necessários.
Todavia, a minha única crítica, é que o Banco Central não pode ser influenciada por interesses políticos em um ano eleitoral. O Banco Central demorou para aumentar os juros e sinalizar que a economia está aquecida e de uma forma equivocada (crédito em excesso, altos custos de Estado e falta de investimentos estruturais).

O colega Juliano Camargo, colabora na resposta afirmando que os populistas sempre querem ter os juros artificialmente baixos e o BC comprando bilhões em títulos do governo - o que significa em outras palavras imprimir dinheiro. Para ter juros baixos de forma sustentável precisa de mais austeridade fiscal, precisa de mais pressão deflacionária - preços mais baixos, processos mais eficientes. Coisas que dependem mais do governo do que do BC.

Obrigado pelo comentário!

3 comentários:

Anônimo disse...

Creio também que alem desses tópicos que vc bem elencou, falta ao país mesmo uma maior abertura comercial.

Mas parece que o governo e a FIESP tem um MEDO enorme desse assunto.

Concorda?

Marcos-DF

Julek disse...

Oi Marcos,

A FIESP e outros sindicatos empresariais frequentemente participam de campanhas para desoneração da cadeia produtiva e outros temas muito importantes de um ponto de vista liberal.

Mas quanto à abertura comercial, a minha opinião é que o interesse dos industriais da FIESP é protecionista por natureza. Não dá para esperar muito apoio de uma entidade que justamente representa os 'capitães da indústria', os empresários estabelecidos, e apenas os brasileiros...

O Brasil ainda tem uma estrutura muito corporativista e estes sindicatos ainda são levados bastante a sério. E infelizmente o interesse dos consumidores jamais é representado. Como liberal, e acho que a maior dos liberais concordaria comigo, sou completamente contra o status privilegiado desfrutado por sindicatos na esfera política. Em um estado moderno não há intermediários entre o eleitor e seu representante. Já no sindicalismo, toda santa alma tem que ser filiada em alguma 'guilda'. Como sempre o nosso país adota um modelo de organização política ultrapassado em quase 100 anos.

Uma abertura seria de fato uma mudança radical na economia brasileira, com grande número de empresas sendo fechadas, e com abertura de novas empresas, e uma expansão grande naquelas empresas que já são competitivas.

O saldo seria bastante positivo, e os preços mais baixos para absolutamente tudo proporcionariam uma queda acentuada dos juros. Porque a única coisa que força aumento dos juros são os preços da cesta usada para o cálculo da inflação.

Um abraço

Anônimo disse...

"O saldo seria bastante positivo, e os preços mais baixos para absolutamente tudo proporcionariam uma queda acentuada dos juros. Porque a única coisa que força aumento dos juros são os preços da cesta usada para o cálculo da inflação.

Um abraço"

Perfeito Julek!

Está aí a solução em ultima instancia do problema dos juros altos, inflação, dor na unha (Hehehehe!!!) no Brasil.

Abraço Forte!

Abertura Comercial Já!!!

Marcos-DF