11 de outubro de 2010

Cortejando mercados e ajudando governos ao mesmo tempo

Sabia que a China apoiava o mercado de títulos europeus, mas não tinha ainda ligado as coisas e observado pelo ponto de vista Chinês.

A Europa, ao contrário dos EUA, está seguindo o caminho difícil na crise, fazendo ajustes fiscais e torcendo para que reformas estruturais ajudem no médio prazo. No curto prazo sabemos que, com QE ou sem, não há solução. O euro tem se valorizado porque o ECB, ao menos por enquanto, não está caindo de cabeça na solução mágica de imprimir dinheiro para desvalorizar a própria moeda e ver se a crise vai embora.

Porque diferente dos EUA a Europa tem a crise do Euro, a crise fiscal, e não é louca de entrar em QE porque realizar um calote desses sem muita consequência imediata só mesmo quem controla a moeda de reserva - o dólar.

É neste contexto que a China apóia a Europa, e se dispõe a entrar com o que falta no momento por lá: dinheiro vivo para comprar títulos dos governos europeus. Eles querem outro mercado forte e maduro para levar o mesmo esquema que operavam com os EUA: vocês recebem nossos produtos e nos pagam com títulos da dívida pública.

Aparentemente o que pode ser um arranjo ruim para os EUA pode não ser tão inconveniente assim no atual momento Europeu. Porque o maior problema por lá é o fiscal, e não o das exportações.

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