19 de outubro de 2010

Os jovens franceses preferem investir no futuro dos velhos

Estudantes em toda parte do mundo são um importante recurso político na mão de partidos radicais. Eles se resumem a uma coisa: massa de manobra.

Não estudam, não entendem nada, não são capazes de ver que são precisamente o grupo mais prejudicado pelo sistema atual de pensões, baseado na lógica atuarial do esquema de Ponzi.

O abundante tempo livre e a enorme carga de testosterona destes jovens é capitalizada pela esquerda francesa há décadas.

Mas melhor ainda do que estudantes são sindicatos-chave que podem parar o país como estamos vendo. Este é a grande vantagem de controlar o movimento sindical.

Há um lado confuso de protesto, mas principalmente o que vemos são táticas de uso da força por parte de partidos organizados, para atingir objetivos políticos.

Obviamente se eles estivessem no governo, assim como Sarkozy e o nosso Lula, estariam também aumentando a idade mínima, para ‘defender o resgate do cidadão sênior no mercado de trabalho’, lutando pelo 'direito ao trabalho na terceira idade' e outras ensaboações análogas.

Aí os estudantes e os sindicatos iam achar lindo.

Mas a razão, desconfortável e verdadeira, é que essa conta não fecha.

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