30 de setembro de 2010
Idéias são mais destrutivas que exércitos
Ao encontrar tantos argumentos Keynesianos destrutivos, completamente integrados ao modo de pensar de economistas, políticos e oficiais do governo, eu penso que, da mesma maneira que se estuda a influência do confucionismo na estagnação da civilização chinesa, ou a influência da Igreja Católica, que por séculos deteve o avanço científico na Europa, ou a influência do comunismo, que manteve no atraso e trouxe pobreza para milhões de pessoas, talvez um dia os universitários do futuro estudem como as idéias de Keynes e o ideal de crédito fácil foi absorvido e resultou no colapso financeiro do ocidente.
Quem chega ao posto de mãe Joana não precisa prestar contas para ninguém
Nas últimas semans assistimos a algumas manobras contábeis feitas pelo governo em clima eleitoral. Assistimos a um grande contorcionismo, uma fórmula mágica que o governo buscou para capitalizar a Petrobras sem ter capital disponível, e sem que o capital dos investidores pudesse ameaçar a preponderância da fatia do estado. Isso, para quem entende o modo de pensamento da esquerda, era algo bastante esperado.
Agora, de sopetão, o governo usa dois de seus brinquedos favoritos, o BNDES e a Petrobrás, para dar uma maquiada nas contas públicas, e atingir a meta de superávit primário que eles iam perder. Alguns dias antes eles disseram que não usariam mais o BNDES neste tipo de operação. Evidentemente mudaram de idéia.
http://blogs.estadao.com.br/rolf-kuntz/2010/09/29/o-custo-da-arrumacao/
Isto dá um grande reforço na nossa reputação de usuário pesado da ‘contabilidade criativa’, e certamente não ajuda em nada o país à longo prazo. O problema é que governo federal por aqui pensa que pode administrar como se fosse a casa da mãe Joana. Arrumando a casa de qualquer jeito e à sua maneira, abrindo brechas e espalhando gambiarras. Eles acham que ganhar eleições e ter altos índices de popularidade os libera de seguir práticas de transparência e de boa governança.
Justamente esta idéia de que se tem do estado como tendo o direito sagrado de se erguer acima de qualquer restrição, seja auto-imposta ou através da exposição de certos temas pela imprensa, é que ecoa perfeitamente com a doutrina fascista, que enxerga o estado como expressão máxima do povo, não admitindo qualquer oposição. Note que estamos usando o termo 'fascista' historicamente e com causa, e não como palavrão, como é comum pela esquerda.
Desta doutrina herdamos outros elementos, tais como nosso forte corporativismo, também bastante valorizado por Lula, como seria esperado em um presidente sindicalista. E esta tendência de tranformar governo em árbitro supremo, infiscalizável por natureza, e de criar uma religião laica de culto ao estado.
Precisamos acabar com isso. Em primeiro lugar, chega de contorcionismo e de MPs aparecendo pra dar um jeitinho nas contas na última hora. Isto é inaceitável. O governo federal precisa jogar dentro de regras estabelecidas. Estados e municípios são bem mais limitados em suas aventuras pela LRF, criada pelo governo anterior, quando o estado estava, realmente, ainda saindo do fundo do poço.
Hoje estamos em uma situação macroeconômica bem melhor, graças a esta e outras reformas fundamentais. Mas no que o atual governo contribuiu? Qual será o legado do governo atual? Será certamente o de avançar no ideal do estado fascista: consolidar a mítica do líder e da grandeza nacional acima das regras e trivialidades administrativas, fiscalizar tudo e todos, mas não prestar contas para ninguém. Transformar anseios populares em patriotada, e agir com amadorismo e extremo 'patrimonialismo partidário' no trato da máquina pública.
Será que vamos ter que chegar novamente ao fundo do poço para amadurecer e continuar avançando administrativamente? Parece que sim. Porque infelizmente estes temas técnicos não interessam o eleitor. Só há um interesse nacional quando as turbinas do avião começam a falhar.
Agora, de sopetão, o governo usa dois de seus brinquedos favoritos, o BNDES e a Petrobrás, para dar uma maquiada nas contas públicas, e atingir a meta de superávit primário que eles iam perder. Alguns dias antes eles disseram que não usariam mais o BNDES neste tipo de operação. Evidentemente mudaram de idéia.
http://blogs.estadao.com.br/rolf-kuntz/2010/09/29/o-custo-da-arrumacao/
Isto dá um grande reforço na nossa reputação de usuário pesado da ‘contabilidade criativa’, e certamente não ajuda em nada o país à longo prazo. O problema é que governo federal por aqui pensa que pode administrar como se fosse a casa da mãe Joana. Arrumando a casa de qualquer jeito e à sua maneira, abrindo brechas e espalhando gambiarras. Eles acham que ganhar eleições e ter altos índices de popularidade os libera de seguir práticas de transparência e de boa governança.
Justamente esta idéia de que se tem do estado como tendo o direito sagrado de se erguer acima de qualquer restrição, seja auto-imposta ou através da exposição de certos temas pela imprensa, é que ecoa perfeitamente com a doutrina fascista, que enxerga o estado como expressão máxima do povo, não admitindo qualquer oposição. Note que estamos usando o termo 'fascista' historicamente e com causa, e não como palavrão, como é comum pela esquerda.
Desta doutrina herdamos outros elementos, tais como nosso forte corporativismo, também bastante valorizado por Lula, como seria esperado em um presidente sindicalista. E esta tendência de tranformar governo em árbitro supremo, infiscalizável por natureza, e de criar uma religião laica de culto ao estado.
Precisamos acabar com isso. Em primeiro lugar, chega de contorcionismo e de MPs aparecendo pra dar um jeitinho nas contas na última hora. Isto é inaceitável. O governo federal precisa jogar dentro de regras estabelecidas. Estados e municípios são bem mais limitados em suas aventuras pela LRF, criada pelo governo anterior, quando o estado estava, realmente, ainda saindo do fundo do poço.
Hoje estamos em uma situação macroeconômica bem melhor, graças a esta e outras reformas fundamentais. Mas no que o atual governo contribuiu? Qual será o legado do governo atual? Será certamente o de avançar no ideal do estado fascista: consolidar a mítica do líder e da grandeza nacional acima das regras e trivialidades administrativas, fiscalizar tudo e todos, mas não prestar contas para ninguém. Transformar anseios populares em patriotada, e agir com amadorismo e extremo 'patrimonialismo partidário' no trato da máquina pública.
Será que vamos ter que chegar novamente ao fundo do poço para amadurecer e continuar avançando administrativamente? Parece que sim. Porque infelizmente estes temas técnicos não interessam o eleitor. Só há um interesse nacional quando as turbinas do avião começam a falhar.
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28 de setembro de 2010
A pedra filosofal de Mantega
Com pedra filosofal do Mantega, todos os problemas da nação estão resolvidos.
Basta emitir dívida pública, comprar ativos no mesmo valor, e salientar que a dívida líquida não aumenta.
Dá para capitalizar a Petrobrás colocando como garantia o petróleo debaixo da terra, dá para recomprar a Vale usando o minério debaixo do solo, construir estrada colocando como garantia as rendas futuras, construir usinas com a garantia de venda da energia, quiça até lançar um foguete brasileiro à lua, dando como garantia terrenos lunares.
Basta emitir dívida pública, comprar ativos no mesmo valor, e salientar que a dívida líquida não aumenta.
Dá para capitalizar a Petrobrás colocando como garantia o petróleo debaixo da terra, dá para recomprar a Vale usando o minério debaixo do solo, construir estrada colocando como garantia as rendas futuras, construir usinas com a garantia de venda da energia, quiça até lançar um foguete brasileiro à lua, dando como garantia terrenos lunares.
27 de setembro de 2010
Censura: sob uma rodada de aplausos, o Brasil marcha rumo ao autoritarismo
Novo caso de corrupção envolvendo o governador de Tocantins é censurado. Todos os meios de comunicação estão, por decisão do TRE de Tocantins, proibidos de abordar o seguinte caso:
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/mp-liga-o-governador-do-tocantins-a-organizacao-criminosa
Este governador é apoiado por Lula e Dilma em sua campanha eleitoral. Entre outros casos recentes de censura podemos citar a censura para a proteção à família Sarney ( aliada do governo ), e em Santa Catarina, as liminares judiciais obtidas por Dário Berger contra jornal que publicava denúncias contra o mesmo.
Juiz do TO censura 'Estado' em caso de corrupção que cita governador
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,juiz-do-to-censura-estado-em-caso-de-corrupcao-que-cita-governador,615627,0.htmEdit
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/mp-liga-o-governador-do-tocantins-a-organizacao-criminosa
Este governador é apoiado por Lula e Dilma em sua campanha eleitoral. Entre outros casos recentes de censura podemos citar a censura para a proteção à família Sarney ( aliada do governo ), e em Santa Catarina, as liminares judiciais obtidas por Dário Berger contra jornal que publicava denúncias contra o mesmo.
Juiz do TO censura 'Estado' em caso de corrupção que cita governador
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,juiz-do-to-censura-estado-em-caso-de-corrupcao-que-cita-governador,615627,0.htmEdit
25 de setembro de 2010
Democracia estilo brasileiro
Acabo de receber por telefone uma mensagem gravada do presidente Lula pedindo para votar Ideli. Ele que o faça, já que a mesma o serviu soberbamente bem, representando Lula em primeiro lugar e Santa Catarina em segundo.
Invenções como essa campanha telefônica aperfeiçoam a democracia brasileira. Só falta agora inventar uma maneira de integrar o título de eleitor com o cartão do bolsa família, cartão BNDES, e demais programas do governo. Aí seria perfeito. Aperte 13 ou retire seu cartão para confirmar. Obrigado por exercer sua cidadania.
Invenções como essa campanha telefônica aperfeiçoam a democracia brasileira. Só falta agora inventar uma maneira de integrar o título de eleitor com o cartão do bolsa família, cartão BNDES, e demais programas do governo. Aí seria perfeito. Aperte 13 ou retire seu cartão para confirmar. Obrigado por exercer sua cidadania.
24 de setembro de 2010
Capitalização da Petrobras é decisão soberana da sociedade
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,capitalizacao-da-petrobras-e-decisao-soberana-da-sociedade--diz-lula,not_36537,0.htm
O governo teve grande sucesso na capitalização da Petrobras, e agora atira para a platéia, transformando em mais uma idéia ufanista o que em outros governos seria criticado como uma venda da empresa semi-estatal para investidores estrangeiros.
No universo dos jornais especializados, e dos que entendem o que está acontecendo - bem diferente da claque do Sr. Lula - a capitalização da Petrobrás é vista como uma grande oportunidade sob um grande risco político, que é a dessa empresa voltar a ser uma empresa estatal e hospedeira do partido - como já o é. E também de subestimar os riscos e acelerar no ufanismo, o que raramente é bom os negócios.
No mundo que lê o noticiário econômico ( 1% da população? ) é bem conhecido que houve uma acentuada queda das ações da petrobrás nos últimos meses, que reflete uma politização crescente da empresa de petróleo.
Quem novamente entende alguma coisa sabe que esta venda de ações no exterior, celebrada pelo governo, está provocando a entrada de bilhões de dólares de investimento, e até aí tudo bem, porque o país precisa desse investimento.
Só que aí o dólar naturalmente fica mais barato, valorizando o real e causando uma grande mudança macro-econômica. Até aí tudo bem. Seria um caminho sustentável para a redução dos juros.
Só que aí entra o governo 'esterilizando' esta entrada de capital, para não desagradar sindicatos e empresários, porque as importações iriam tomar espaço dos produtos feitos no Brasil, e o setor industrial, atualmente isolado de seus efeitos, ia receber em cheio o impacto da crise.
A esterilização força os juros a permanecerem elevados. Para cada dólar que entra há emissão de mais dívida pública para comprar estes dólares, o que causa uma expansão da base monetária do Real. Só que aí o BC tem como missão manter esta base em linha com as metas de índice de preço, e enxuga o crédito, contraindo a base.
Ou seja: a capitalização da petrobrás no final vai simplesmente tomar o escasso crédito em reais de todos os demais empreendimentos no Brasil (efeito crowding-out). A única diferença é que ao esterilizar estas entradas massivas de dólares o BC acumula grandes reservas. Só que isso também é uma péssima idéia, como sabe quem não esteve dormindo nos últimos anos. A tendência do dólar é de se desvalorizar cada vez mais para evitar o colapso fiscal americano.
Finalizando, quem entende algo sabe o significado da palavra soberano. Um dos ideólogos do estatismo, Rousseau, veio com a frase: o povo é soberano e súdito ao mesmo tempo. Seria soberano ao elaborar suas leis, e súdito na hora de segui-las. Rousseau era um idealista, no mal sentido da palavra, e tinha uma visão bastante peculiar da natureza humana. É evidente que 'o povo' não elabora lei alguma, mas delega para políticos a tarefa de legislador. E após ser convocado para este 'tie-break' entre os competidores do poder, ele volta à sua apática condição de súdito.
Ainda mais quando não tiver os requisitos básicos para ser um cidadão, que não é ter um cartão plástico do governo, mas sim ter educação e se informar sobre os assuntos políticos.
No caso do nosso regime extra-oficial, que é o paternalismo autoritário, há um líder que toma para si todas as funções do estado moderno, e muitas vezes desfruta de uma soberania, definida como liberdade de exercer o poder, muito além do que seria imaginável na monarquia.
É ele, o ungido, o próprio Lula, o nosso soberano.
O governo teve grande sucesso na capitalização da Petrobras, e agora atira para a platéia, transformando em mais uma idéia ufanista o que em outros governos seria criticado como uma venda da empresa semi-estatal para investidores estrangeiros.
No universo dos jornais especializados, e dos que entendem o que está acontecendo - bem diferente da claque do Sr. Lula - a capitalização da Petrobrás é vista como uma grande oportunidade sob um grande risco político, que é a dessa empresa voltar a ser uma empresa estatal e hospedeira do partido - como já o é. E também de subestimar os riscos e acelerar no ufanismo, o que raramente é bom os negócios.
No mundo que lê o noticiário econômico ( 1% da população? ) é bem conhecido que houve uma acentuada queda das ações da petrobrás nos últimos meses, que reflete uma politização crescente da empresa de petróleo.
Quem novamente entende alguma coisa sabe que esta venda de ações no exterior, celebrada pelo governo, está provocando a entrada de bilhões de dólares de investimento, e até aí tudo bem, porque o país precisa desse investimento.
Só que aí o dólar naturalmente fica mais barato, valorizando o real e causando uma grande mudança macro-econômica. Até aí tudo bem. Seria um caminho sustentável para a redução dos juros.
Só que aí entra o governo 'esterilizando' esta entrada de capital, para não desagradar sindicatos e empresários, porque as importações iriam tomar espaço dos produtos feitos no Brasil, e o setor industrial, atualmente isolado de seus efeitos, ia receber em cheio o impacto da crise.
A esterilização força os juros a permanecerem elevados. Para cada dólar que entra há emissão de mais dívida pública para comprar estes dólares, o que causa uma expansão da base monetária do Real. Só que aí o BC tem como missão manter esta base em linha com as metas de índice de preço, e enxuga o crédito, contraindo a base.
Ou seja: a capitalização da petrobrás no final vai simplesmente tomar o escasso crédito em reais de todos os demais empreendimentos no Brasil (efeito crowding-out). A única diferença é que ao esterilizar estas entradas massivas de dólares o BC acumula grandes reservas. Só que isso também é uma péssima idéia, como sabe quem não esteve dormindo nos últimos anos. A tendência do dólar é de se desvalorizar cada vez mais para evitar o colapso fiscal americano.
Finalizando, quem entende algo sabe o significado da palavra soberano. Um dos ideólogos do estatismo, Rousseau, veio com a frase: o povo é soberano e súdito ao mesmo tempo. Seria soberano ao elaborar suas leis, e súdito na hora de segui-las. Rousseau era um idealista, no mal sentido da palavra, e tinha uma visão bastante peculiar da natureza humana. É evidente que 'o povo' não elabora lei alguma, mas delega para políticos a tarefa de legislador. E após ser convocado para este 'tie-break' entre os competidores do poder, ele volta à sua apática condição de súdito.
Ainda mais quando não tiver os requisitos básicos para ser um cidadão, que não é ter um cartão plástico do governo, mas sim ter educação e se informar sobre os assuntos políticos.
No caso do nosso regime extra-oficial, que é o paternalismo autoritário, há um líder que toma para si todas as funções do estado moderno, e muitas vezes desfruta de uma soberania, definida como liberdade de exercer o poder, muito além do que seria imaginável na monarquia.
É ele, o ungido, o próprio Lula, o nosso soberano.
23 de setembro de 2010
A eterna regressão autoritária
Lula respeita sim a imprensa : lhe dá total liberdade para imprimir confete e serpentina... Mas ao apurar casos de corrupção que prejudicam o andar da campanha, a imprensa sai de sua alçada e é irresponsável e 'mentirosa', embora não especifiquem quais foram as supostas mentiras.
A imprensa 'neutra', como querem os petistas, é aquela que não altera o rumo da campanha, e respeita o uso da imprensa chapa-branca, que altera à favor ( aí pode ).
Os petistas querem se justificar no poder com base do consenso popular, e confundem isso com democracia. É a primeira vez na minha vida que vejo um partido se colocar acima de denúncias de corrupção e acusar os mensageiros. É exatamente por isso que estão na trilha do fascismo/populismo de esquerda, porque ter a maioria ao seu lado absolutamente não exime o líder e o partido de seguirem as leis. Mas o estado, representado pelo partido, e, pior ainda, por um único LÍDER, no fascismo está incomparavelmente acima das críticas.
Se eles persistirem no poder, não perco as esperanças. Aventuras populistas como esta que estamos passando sempre acabam mal. O país tem muito potencial, o que pode fornecer muito gás. Mas a dinâmica de destruição de valor já foi deslanchada.
Aí frequentemente o líder paternalista, amado quando tudo vai bem, acaba sendo também apeado do poder em tempo recorde, quando começa uma crise econômica ou eventos fora de controle atingem em cheio o homem comum.
Assim como o sol parece brotar da aura dele, quando eventos igualmente fora de controle melhoram a qualidade de vida da população, quando as coisas começam a dar mal ele também é culpado por tudo.
A democracia deveria ser governada pelas leis, tanto acima de momentos de popularidade quanto de crise. Petistas estão mostrando neste episódio de abertura das entranhas corruptas do partido em véspera de campanha o quanto não estão preparados para serem um partido democrático. Estamos vendo pela enésima vez a forma boa de democracia dentro da lei se degenerar na forma mais abjeta de democracia, aquele populismo autoritário com a simpatia popular, com a cumplicidade do partido, mas também de grande parte dos empresários e intelectuais que deveriam ter feito alguma coisa mas preferem aderir ao irresistível movimento político.
Mas o PT é só mais um. Infelizmente isto sempre existiu na história da humanidade.
A imprensa 'neutra', como querem os petistas, é aquela que não altera o rumo da campanha, e respeita o uso da imprensa chapa-branca, que altera à favor ( aí pode ).
Os petistas querem se justificar no poder com base do consenso popular, e confundem isso com democracia. É a primeira vez na minha vida que vejo um partido se colocar acima de denúncias de corrupção e acusar os mensageiros. É exatamente por isso que estão na trilha do fascismo/populismo de esquerda, porque ter a maioria ao seu lado absolutamente não exime o líder e o partido de seguirem as leis. Mas o estado, representado pelo partido, e, pior ainda, por um único LÍDER, no fascismo está incomparavelmente acima das críticas.
Se eles persistirem no poder, não perco as esperanças. Aventuras populistas como esta que estamos passando sempre acabam mal. O país tem muito potencial, o que pode fornecer muito gás. Mas a dinâmica de destruição de valor já foi deslanchada.
Aí frequentemente o líder paternalista, amado quando tudo vai bem, acaba sendo também apeado do poder em tempo recorde, quando começa uma crise econômica ou eventos fora de controle atingem em cheio o homem comum.
Assim como o sol parece brotar da aura dele, quando eventos igualmente fora de controle melhoram a qualidade de vida da população, quando as coisas começam a dar mal ele também é culpado por tudo.
A democracia deveria ser governada pelas leis, tanto acima de momentos de popularidade quanto de crise. Petistas estão mostrando neste episódio de abertura das entranhas corruptas do partido em véspera de campanha o quanto não estão preparados para serem um partido democrático. Estamos vendo pela enésima vez a forma boa de democracia dentro da lei se degenerar na forma mais abjeta de democracia, aquele populismo autoritário com a simpatia popular, com a cumplicidade do partido, mas também de grande parte dos empresários e intelectuais que deveriam ter feito alguma coisa mas preferem aderir ao irresistível movimento político.
Mas o PT é só mais um. Infelizmente isto sempre existiu na história da humanidade.
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DEMOCRACIA
Manifesto em Defesa da Democracia
Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo. Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
É inaceitável que militantes partidários tenham convertido órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais em valorizar a honestidade.
É constrangedor que o Presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado.
É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras, mas um inimigo que tem de ser eliminado.
É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado.
É deplorável que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário. Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para ignorar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las.
É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo. Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade. Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.
Se você, independentemente de concordar ou não com a posição ideológica deste blog apóia este manifesto, por favor visite o link abaixo e o assine.
http://www.defesadademocracia.com.br/
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
É inaceitável que militantes partidários tenham convertido órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais em valorizar a honestidade.
É constrangedor que o Presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado.
É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras, mas um inimigo que tem de ser eliminado.
É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado.
É deplorável que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário. Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para ignorar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las.
É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo. Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade. Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.
Se você, independentemente de concordar ou não com a posição ideológica deste blog apóia este manifesto, por favor visite o link abaixo e o assine.
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21 de setembro de 2010
Desvalorização competitiva e o custo da brincadeira
Entramos definitivamente na era da desvalorização competitiva, igualzinho ao que aconteceu na grande depressão. Bancos centrais antes coordenados partem para o cada um por si, todos tentando desvalorizar a sua moeda mais rápido do que os demais.
http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2009/mar/17/g20-globalrecession
Como em um boteco onde todos bêbados se recusassem a parar de beber, pois quem levanta da mesa vai ter que pagar a conta.
Os países ricos já fizeram o dúbio convite aos emergentes de assumirem a liderança nesta recuperação da crise. Suíça(!) e Grã-Bretanhã(!), potências monetárias há não muito tempo atrás, foram os primeiros países a entrar em uma forte desvalorização. No jogo da inflação ganha quem sai primeiro.
Recentemente vimos a mudança de postura do Japão. A China diz também que não quer ter moeda forte. A Alemanha tem que carregar a Europa nas costas, monetariamente falando. Todos estão reféns de políticas industriais orientadas às exportações para... Europa e EUA em crise. O retrato não podia ser pior.
Mas pode ficar pior. Porque ninguém vai querer continuar com a moeda valorizada, e então um vai querer superar o outro na ânsia de pular mais fundo no abismo inflacionário.
Com todas as moedas principais do mundo desvalorizando ao mesmo tempo, a vantagem temporária cessa, porque as taxas entre uma moeda e outra ficam constantes, mas será preciso quantidades maiores tanto uma moeda quanto da outra para comprar os mesmos bens. Você sacrifica estabilidade de preços em troca de... nada. Mas também a alternativa é terrível.
Nós já conhecemos bem os males da inflação. Com inflação, há mais incertezas, e com isso mais desperdício. O cálculo econômico se torna impossível e há menos crescimento econômico. O Brasil sabe bem a importância de um ambiente com inflação controlada.
Acho que até por isso Gustavo Franco e depois o BC deram declarações de que a valorização do Real seria 'o preço do sucesso'. Será que o Real, que, pasmem, hoje é moeda muito mais forte do que as alternativas, com um sistema bancário saneado e forte correlação com as commodities, poderia assumir um lugar de moeda 'major'?
As 'majors' são as moedas mais negociadas, e atualmente o real está longe deste posto. Com esta ascenção viria uma série de dificuldades para nossa já pouco competitiva indústria. Ah, que novidade. A fazenda e o BC já deram outros sinais iniciando a desvalorização do Real.
Só que para fazer isto eles precisam comprar os dólares que entram em volumes crescentes, como na mega-captação da Petrobrás. Porque esta entrada de dólares no mercado faria a o preço do dólar caminharia para o patamar do início do plano Real, e as importações entrariam fortemente.
A fazenda diz, como sempre, que a brincadeira não custa nada. Custa sim. Vejam no link do FT uma excelente análise desta piada pronta que é o Fundo Soberano do Brasil, fundo este que supostamente gerencia as 'economias' de um país que tem déficits anuais.
Bom, soberano ao menos parece que nós temos. E este soberano decidiu gastar 40bi$ por ano para pagar 10% de juros em real em uma ponta e receber 2% de juros em dólar na outra ponta, evitando assim que o dólar fique mais e mais barato em real, e mantendo o trabalhador e a indústria bem contentes.
http://blogs.ft.com/beyond-brics/2010/09/21/the-rising-brl-brazil%E2%80%99s-sovereign-debt-sorry-wealth-fund-to-the-rescue/
http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2009/mar/17/g20-globalrecession
Como em um boteco onde todos bêbados se recusassem a parar de beber, pois quem levanta da mesa vai ter que pagar a conta.
Os países ricos já fizeram o dúbio convite aos emergentes de assumirem a liderança nesta recuperação da crise. Suíça(!) e Grã-Bretanhã(!), potências monetárias há não muito tempo atrás, foram os primeiros países a entrar em uma forte desvalorização. No jogo da inflação ganha quem sai primeiro.
Recentemente vimos a mudança de postura do Japão. A China diz também que não quer ter moeda forte. A Alemanha tem que carregar a Europa nas costas, monetariamente falando. Todos estão reféns de políticas industriais orientadas às exportações para... Europa e EUA em crise. O retrato não podia ser pior.
Mas pode ficar pior. Porque ninguém vai querer continuar com a moeda valorizada, e então um vai querer superar o outro na ânsia de pular mais fundo no abismo inflacionário.
Com todas as moedas principais do mundo desvalorizando ao mesmo tempo, a vantagem temporária cessa, porque as taxas entre uma moeda e outra ficam constantes, mas será preciso quantidades maiores tanto uma moeda quanto da outra para comprar os mesmos bens. Você sacrifica estabilidade de preços em troca de... nada. Mas também a alternativa é terrível.
Nós já conhecemos bem os males da inflação. Com inflação, há mais incertezas, e com isso mais desperdício. O cálculo econômico se torna impossível e há menos crescimento econômico. O Brasil sabe bem a importância de um ambiente com inflação controlada.
Acho que até por isso Gustavo Franco e depois o BC deram declarações de que a valorização do Real seria 'o preço do sucesso'. Será que o Real, que, pasmem, hoje é moeda muito mais forte do que as alternativas, com um sistema bancário saneado e forte correlação com as commodities, poderia assumir um lugar de moeda 'major'?
As 'majors' são as moedas mais negociadas, e atualmente o real está longe deste posto. Com esta ascenção viria uma série de dificuldades para nossa já pouco competitiva indústria. Ah, que novidade. A fazenda e o BC já deram outros sinais iniciando a desvalorização do Real.
Só que para fazer isto eles precisam comprar os dólares que entram em volumes crescentes, como na mega-captação da Petrobrás. Porque esta entrada de dólares no mercado faria a o preço do dólar caminharia para o patamar do início do plano Real, e as importações entrariam fortemente.
A fazenda diz, como sempre, que a brincadeira não custa nada. Custa sim. Vejam no link do FT uma excelente análise desta piada pronta que é o Fundo Soberano do Brasil, fundo este que supostamente gerencia as 'economias' de um país que tem déficits anuais.
Bom, soberano ao menos parece que nós temos. E este soberano decidiu gastar 40bi$ por ano para pagar 10% de juros em real em uma ponta e receber 2% de juros em dólar na outra ponta, evitando assim que o dólar fique mais e mais barato em real, e mantendo o trabalhador e a indústria bem contentes.
http://blogs.ft.com/beyond-brics/2010/09/21/the-rising-brl-brazil%E2%80%99s-sovereign-debt-sorry-wealth-fund-to-the-rescue/
Bem que o marqueteiro avisou
Duda Mendonça mostra nesta campanha de 2002 o método petista de governar.
http://www.youtube.com/watch?v=0T7fA20S9ss&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=0T7fA20S9ss&feature=player_embedded
Irlanda e a crise : segundo páreo
O tempo passa, a sujeira varrida para baixo do tapete começa a se espalhar na sala novamente, e a Irlanda precisa pagar a conta das decisões tomadas por seus políticos de resgatar bancos corruptos como o Anglo-Irish bank, que se alavancaram ao máximo no então irresistível boom imobiliário para depois ser catapultado na rede de proteção oferecida pelo tesouro irlandês, bastante limitado em recursos.
O leilão de títulos na terça foi bem-sucedido. Mas os juros pagos chegaram a 6%, a mesma taxa disponível se eles resolvessem pedir ajuda à União Européia.
Antes transcorrendo sem nada digno de nota, cada leilão de títulos de dívida irlandesa agora traz mais emoções do que as tradicionais corridas de galgos.
http://www.ft.com/cms/s/0/7dbb737a-c55a-11df-9563-00144feab49a.html?ftcamp=rss
O leilão de títulos na terça foi bem-sucedido. Mas os juros pagos chegaram a 6%, a mesma taxa disponível se eles resolvessem pedir ajuda à União Européia.
Antes transcorrendo sem nada digno de nota, cada leilão de títulos de dívida irlandesa agora traz mais emoções do que as tradicionais corridas de galgos.
http://www.ft.com/cms/s/0/7dbb737a-c55a-11df-9563-00144feab49a.html?ftcamp=rss
16 de setembro de 2010
O retorno da velhinha de Taubaté
O chapa-branca Luís Nassif publicou esta pérola defendendo Erenice Guerra, pivot de grande caso de corrupção desfraldado nesta campanha eleitoral. Faço questão de reproduzir aqui para imortalizar a cara-de-pau da criatura.
"Existem empresas de consultoria que preparam projetos para o BNDES e cobram entre 5 a 7% sobre o valor financiado. É praxe no mercado. Confundir essa taxa com propina é má fé. Segundo o empresário que denunciou, Israel apresentou uma proposta de acompanhamento jurídico de processos da empresa, que acabou não sendo assinado. Tudo em cima de declarações."
http://www.brasilianas.org/blog/luisnassif/empresario-fonte-da-folha-acabou-de-sair-da-cadeia
Comento: Realmente, Sr Nassif, estas empresas existem. E também outras versões menores com as quais a gente, que trabalha no setor privado, tem bastante experiência. Este tipo de 'consultores' de favores existe e ganha a vida ludibriando empresários Brasil afora, mesmo sem ser solicidados.
A grande maioria deles não tem real acesso ao partido. Mas sabem que vivemos em um dos governos mais corruptos da nossa história, com muito dinheiro para oferecer para as empresas certas, e por isso o blefe funciona.
Já outros 'consultores', como este que deu reportagem à Folha, chegaram bem perto da coisa real e sentiram o bafo do dragão. Sabemos que não são santos, mas tampouco o são Lula, Dilma, Erenice, e seus acólitos. Aí alguma coisa dá errada na negociação e resolvem abrir a boca.
Não somos idiotas, sabemos muito bem o papel que estas empresas de 'consultoria' possuem. Elas escolhem as palavras certas e formatam propostas com a indentação correta. Isto abre portas para o empresário, em um universo onde os orçamentos são controlados pelo governo.
A imprensa chapa-branca lulista ressuscita a velhinha de Taubaté do companheiro Veríssimo.
Governo Lula: O melhor da história. 80% de aprovação, 7% de comissão.
"Existem empresas de consultoria que preparam projetos para o BNDES e cobram entre 5 a 7% sobre o valor financiado. É praxe no mercado. Confundir essa taxa com propina é má fé. Segundo o empresário que denunciou, Israel apresentou uma proposta de acompanhamento jurídico de processos da empresa, que acabou não sendo assinado. Tudo em cima de declarações."
http://www.brasilianas.org/blog/luisnassif/empresario-fonte-da-folha-acabou-de-sair-da-cadeia
Comento: Realmente, Sr Nassif, estas empresas existem. E também outras versões menores com as quais a gente, que trabalha no setor privado, tem bastante experiência. Este tipo de 'consultores' de favores existe e ganha a vida ludibriando empresários Brasil afora, mesmo sem ser solicidados.
A grande maioria deles não tem real acesso ao partido. Mas sabem que vivemos em um dos governos mais corruptos da nossa história, com muito dinheiro para oferecer para as empresas certas, e por isso o blefe funciona.
Já outros 'consultores', como este que deu reportagem à Folha, chegaram bem perto da coisa real e sentiram o bafo do dragão. Sabemos que não são santos, mas tampouco o são Lula, Dilma, Erenice, e seus acólitos. Aí alguma coisa dá errada na negociação e resolvem abrir a boca.
Não somos idiotas, sabemos muito bem o papel que estas empresas de 'consultoria' possuem. Elas escolhem as palavras certas e formatam propostas com a indentação correta. Isto abre portas para o empresário, em um universo onde os orçamentos são controlados pelo governo.
A imprensa chapa-branca lulista ressuscita a velhinha de Taubaté do companheiro Veríssimo.
Governo Lula: O melhor da história. 80% de aprovação, 7% de comissão.
14 de setembro de 2010
Democracia brasileira vira brincadeira de palhaço
A novidade na campanha eleitoral não são denúncias de última hora e casos de corrupção sendo expostos em frente dos eleitores. A novidade é que para o PT o culpado é sempre a vítima e o mensageiro. É uma mudança de postura que só mesmo o PT poderia se dar ao luxo de defender.
Enquanto os ratos e as baratas de outros partidos correm para seus buracos quando alguém chega com uma lanterna, os petistas atacam o sujeito que chega com a lanterna, como se o problema estivesse na luz, e não nas baratas deles.
Passamos pela primeira fase da era Lula com parcimônia nos primeiros anos, seguindo a recuperação fiscal e estrutural do estado brasileiro. Aí foi só colher os frutos da estabilização macro-econômica, e engatar neste clima surreal de ufanismo lulista, com a expansão do gasto governamental, e a sensação falsa de que agora estamos vivendo em um país desenvolvido.
Podíamos não ter zarpado pela crise, mas o estado tinha alavancagem para tanto. Culminamos nas patéticas lições de Lula para o mundo: para a Europa, para os EUA. Como se o petismo tivesse descoberto a roda. Entraram em uma aeronave com destino certo, e tiveram a inteligência de não alterar radicalmente o curso, e apenas trataram de pendurar seus companheiros às asas. E ainda chamaram a isto de 'herança maldita'. Imagine qual será a herança que ELES deixarão para o futuro.
Além de seus clientes cativos, alto funcionalismo federal e dependentes de bolsas estatais, o petismo agora aposta eleitoralmente em seus supostos descendentes, a emergente classe média, brasileiros que melhoraram de vida graças à estabilização macro, e que, esperam os petistas, serão voto cativo do PT durante anos.
Mas nada impede que com a ascenção estes brasileiros começem a ler e se informar melhor, e descubram que na verdade tudo não passa de propaganda enganosa. Cresceram por seus próprios esforços, em um clima de inflação controlada, grande demanda pelos produtos primários exportados pelo Brasil, e com o estado reduzindo por um tempo seu enorme arrasto na economia nacional. Para depois engatar a marcha-ré.
Até este amadurecimento a repercussão de corrupção ou a ameaça do estado autoritário não serão determinantes políticos. Vivemos em plena democracia de massas, onde estes assuntos não tem muito valor, e onde as eleições se resolvem no atacado, através do marketing, mensagens subliminares, e, especialmente, a percepção momentânea de bem-estar econômico e a crença generalizada de que o estado é uma máquina de criar valor, capaz de resolver a vida de todo mundo, bastando vontade política. Uma grande falácia, já que o estado distributivo é uma pirâmide. No topo desta pirâmide figuram membros do partido e aqueles empresários ligados ao partido e com boas conexões políticas.
http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/02/pt-quase-dobra-numero-de-filiados-na-era-lula-dem-e-pmdb-crescem-pouco.jhtm
O que será que nos leva a fazer este epitáfio da democracia brasileira, depois de tanta luta para que fosse duramente reconquistada? Será o prospecto de um partido único no poder, com os demais políticos e empresários ingressando no partido para não serem incomodados? Será a constatação de que viveremos por um tempo em um país completamente decapitado, centralizado, sujeito às tentações de um paternalismo autoritário? Ou será que é o sentimento que temos quando vemos um candidato palhaço em São Paulo servindo de 'puxador de voto', hipótese certamente não considerada pelo legislador ao elaborar os mecanismos de quociente eleitoral?
http://www1.folha.uol.com.br/poder/791706-saiba-quem-voce-pode-acabar-elegendo-ao-votar-no-palhaco-tiririca.shtml
Enquanto os ratos e as baratas de outros partidos correm para seus buracos quando alguém chega com uma lanterna, os petistas atacam o sujeito que chega com a lanterna, como se o problema estivesse na luz, e não nas baratas deles.
Passamos pela primeira fase da era Lula com parcimônia nos primeiros anos, seguindo a recuperação fiscal e estrutural do estado brasileiro. Aí foi só colher os frutos da estabilização macro-econômica, e engatar neste clima surreal de ufanismo lulista, com a expansão do gasto governamental, e a sensação falsa de que agora estamos vivendo em um país desenvolvido.
Podíamos não ter zarpado pela crise, mas o estado tinha alavancagem para tanto. Culminamos nas patéticas lições de Lula para o mundo: para a Europa, para os EUA. Como se o petismo tivesse descoberto a roda. Entraram em uma aeronave com destino certo, e tiveram a inteligência de não alterar radicalmente o curso, e apenas trataram de pendurar seus companheiros às asas. E ainda chamaram a isto de 'herança maldita'. Imagine qual será a herança que ELES deixarão para o futuro.
Além de seus clientes cativos, alto funcionalismo federal e dependentes de bolsas estatais, o petismo agora aposta eleitoralmente em seus supostos descendentes, a emergente classe média, brasileiros que melhoraram de vida graças à estabilização macro, e que, esperam os petistas, serão voto cativo do PT durante anos.
Mas nada impede que com a ascenção estes brasileiros começem a ler e se informar melhor, e descubram que na verdade tudo não passa de propaganda enganosa. Cresceram por seus próprios esforços, em um clima de inflação controlada, grande demanda pelos produtos primários exportados pelo Brasil, e com o estado reduzindo por um tempo seu enorme arrasto na economia nacional. Para depois engatar a marcha-ré.
Até este amadurecimento a repercussão de corrupção ou a ameaça do estado autoritário não serão determinantes políticos. Vivemos em plena democracia de massas, onde estes assuntos não tem muito valor, e onde as eleições se resolvem no atacado, através do marketing, mensagens subliminares, e, especialmente, a percepção momentânea de bem-estar econômico e a crença generalizada de que o estado é uma máquina de criar valor, capaz de resolver a vida de todo mundo, bastando vontade política. Uma grande falácia, já que o estado distributivo é uma pirâmide. No topo desta pirâmide figuram membros do partido e aqueles empresários ligados ao partido e com boas conexões políticas.
http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/08/02/pt-quase-dobra-numero-de-filiados-na-era-lula-dem-e-pmdb-crescem-pouco.jhtm
O que será que nos leva a fazer este epitáfio da democracia brasileira, depois de tanta luta para que fosse duramente reconquistada? Será o prospecto de um partido único no poder, com os demais políticos e empresários ingressando no partido para não serem incomodados? Será a constatação de que viveremos por um tempo em um país completamente decapitado, centralizado, sujeito às tentações de um paternalismo autoritário? Ou será que é o sentimento que temos quando vemos um candidato palhaço em São Paulo servindo de 'puxador de voto', hipótese certamente não considerada pelo legislador ao elaborar os mecanismos de quociente eleitoral?
http://www1.folha.uol.com.br/poder/791706-saiba-quem-voce-pode-acabar-elegendo-ao-votar-no-palhaco-tiririca.shtml
10 de setembro de 2010
Cristina reduz ponto de venda de jornais
A presidente argentina, Cristina Kirchner,assinou um decreto garantindo a exclusividade da venda de jornais e revistas às bancas de jornais, proibindo a comercialização em outros estabelecimentos, como supermercados.
A medida provocou críticas da indústria editorial, que perderá pontos de venda importantes. A nova regulamentação substitui um decreto de 2000, assinado pelo ex-presidente Fernando de la Rúa, permitindo a comercialização em hipermercados e outros estabelecimentos comerciais, além das bancas de jornal. O decreto de Cristina ainda estabeleceu a criação de um registro nacional de vendedores de jornais, para que os trabalhadores tenham regulamentado o direito de descanso e a definição das zonas de distribuição.
(...) Começou ontem o prazo de um ano para que as empresas de mídia abram mão de emissoras de rádio e TV por assinatura.
Comento: Os argentinos usam métodos toscos para combater a liberdade de imprensa. Ainda bem que não fizeram um cursinho com a petezada. Aqui, basta encher os jornais de propaganda oficial e cooptar grandes grupos de telecomunicações, tarefa do camarada zé dirceu, e lançar novos jornais chapas-branca como o Brasil Econômico.
A medida provocou críticas da indústria editorial, que perderá pontos de venda importantes. A nova regulamentação substitui um decreto de 2000, assinado pelo ex-presidente Fernando de la Rúa, permitindo a comercialização em hipermercados e outros estabelecimentos comerciais, além das bancas de jornal. O decreto de Cristina ainda estabeleceu a criação de um registro nacional de vendedores de jornais, para que os trabalhadores tenham regulamentado o direito de descanso e a definição das zonas de distribuição.
(...) Começou ontem o prazo de um ano para que as empresas de mídia abram mão de emissoras de rádio e TV por assinatura.
Comento: Os argentinos usam métodos toscos para combater a liberdade de imprensa. Ainda bem que não fizeram um cursinho com a petezada. Aqui, basta encher os jornais de propaganda oficial e cooptar grandes grupos de telecomunicações, tarefa do camarada zé dirceu, e lançar novos jornais chapas-branca como o Brasil Econômico.
3 de setembro de 2010
Keynesianos clamam por inflação nos EUA
Como esperado, não há saída fácil para esta crise, especialmente nos EUA. Krugman e outros economistas da velha-guarda assistem chocados à Europa implemntando reformas emergenciais de cortes de gastos públicos, e jogando o Keynesianismo pela janela.
O último bastião é os EUA, com o dólar pronto para ser imolado pelo grande plano de escape. Pode até funcionar, enquanto os investidores aceitarem financiar imensa dívida americana em taxas baixas.
http://blogs.estadao.com.br/paul-krugman/2010/09/02/cura-pela-inflacao/
A Economist dá uma indicação de que os EUA podem também em breve se unir à onda de cortes de gastos européia. Não me surpreenderia. Uma ilusão só dura enquanto há aqueles dispostos a acreditar nela. Como disse o analista Jim Rogers, não há 'double-dip', há apenas a continuação da mesma recessão. O remédio Keynesiano nunca deixou de ser um paliativo. A recessão 'double-dip' assusta os Keynesianos, que acusam Obama de não fazer o bastante ou de não implementar o grande plano exatamente de acordo com a cartilha do economista morto.
http://www.economist.com/node/16943653?story_id=16943653
Mas já podemos antever que se não for Obama, será outro presidente a fazer os duros ajustes necessários. Caso contrário, sabemos exatamente o que eles passarão nos EUA. Seguirão um programa de 'quantitative easing' saudado pelos Keynesianos - imprimir dinheiro. Afinal é a única maneira de injetar ainda mais crédito no sistema quando os juros já estão em 0%. E de uma inflação 'Rogoff' de 10% ao ano podemos passar para uma de 30% ou 50%, sempre com retornos decrescentes, como enfatiza a Economist e como vimos no Brasil.
Pois se as pessoas se acostumam com a inflação, a mágica inflacionária deixa de funcionar como desejado. São necessárias doses maiores e maiores da mesma droga. Ainda hoje no Brasil 30% dos preços possuem indexação, resquício de uma época onde praticamente 100% dos preços eram indexados. Ou seja, até hoje pagamos um preço pela inflação das eras passadas. Juros zero por muito tempo, inflação muito alta, estas coisas induzem mudanças de comportamento econômico que nem sempre são mensuráveis pelos economistas, e que persistem por décadas.
Assim como persistiria a perda de credibilidade do banco central americano, coisa que apenas recentemente é reconquistada no Brasil, não sem muitos adversários. Será que poderemos ver o aparecimento do 'Novo Dólar'? A moeda no Brasil trocou de nome diversas vezes, como se quisesse sumir de vergonha ou induzir amnésia coletiva nos que a usam. Mas aí ao invés do 'tem que dar certo' o Fed pode usar como lema o nome do livro do Rogoff, 'desta vez é diferente'! Aliás, este poderia ser um bom lema para todos os Keynesianos.
Se os EUA seguirem o outro caminho, que é vender dívida para continuar estimulando a economia com déficits, poderemos ver outro retrato familiar. Poderemos ver um mercado saturado de dívida americana, com investidores estrangeiros se recusando a cooperar. Ver juros aumentando. Ver o custo de pagamento de juros da dívida americana pular dos 5% atuais para o patamar brasileiro de 30%. Dá para imaginar isto em um país onde o presidente quer espaço fiscal para montar um sistema de saúde público? Juros, previdência e saúde são os três maiores focos de recursos públicos no Brasil, e assim será nos EUA. Só que lá eles tem um gigante orçamento de defesa, que assegura ao país o posto de potência militar. Alguma coisa vai ter que ceder.
http://en.wikipedia.org/wiki/United_States_federal_budget
O último bastião é os EUA, com o dólar pronto para ser imolado pelo grande plano de escape. Pode até funcionar, enquanto os investidores aceitarem financiar imensa dívida americana em taxas baixas.
http://blogs.estadao.com.br/paul-krugman/2010/09/02/cura-pela-inflacao/
A Economist dá uma indicação de que os EUA podem também em breve se unir à onda de cortes de gastos européia. Não me surpreenderia. Uma ilusão só dura enquanto há aqueles dispostos a acreditar nela. Como disse o analista Jim Rogers, não há 'double-dip', há apenas a continuação da mesma recessão. O remédio Keynesiano nunca deixou de ser um paliativo. A recessão 'double-dip' assusta os Keynesianos, que acusam Obama de não fazer o bastante ou de não implementar o grande plano exatamente de acordo com a cartilha do economista morto.
http://www.economist.com/node/16943653?story_id=16943653
Mas já podemos antever que se não for Obama, será outro presidente a fazer os duros ajustes necessários. Caso contrário, sabemos exatamente o que eles passarão nos EUA. Seguirão um programa de 'quantitative easing' saudado pelos Keynesianos - imprimir dinheiro. Afinal é a única maneira de injetar ainda mais crédito no sistema quando os juros já estão em 0%. E de uma inflação 'Rogoff' de 10% ao ano podemos passar para uma de 30% ou 50%, sempre com retornos decrescentes, como enfatiza a Economist e como vimos no Brasil.
Pois se as pessoas se acostumam com a inflação, a mágica inflacionária deixa de funcionar como desejado. São necessárias doses maiores e maiores da mesma droga. Ainda hoje no Brasil 30% dos preços possuem indexação, resquício de uma época onde praticamente 100% dos preços eram indexados. Ou seja, até hoje pagamos um preço pela inflação das eras passadas. Juros zero por muito tempo, inflação muito alta, estas coisas induzem mudanças de comportamento econômico que nem sempre são mensuráveis pelos economistas, e que persistem por décadas.
Assim como persistiria a perda de credibilidade do banco central americano, coisa que apenas recentemente é reconquistada no Brasil, não sem muitos adversários. Será que poderemos ver o aparecimento do 'Novo Dólar'? A moeda no Brasil trocou de nome diversas vezes, como se quisesse sumir de vergonha ou induzir amnésia coletiva nos que a usam. Mas aí ao invés do 'tem que dar certo' o Fed pode usar como lema o nome do livro do Rogoff, 'desta vez é diferente'! Aliás, este poderia ser um bom lema para todos os Keynesianos.
Se os EUA seguirem o outro caminho, que é vender dívida para continuar estimulando a economia com déficits, poderemos ver outro retrato familiar. Poderemos ver um mercado saturado de dívida americana, com investidores estrangeiros se recusando a cooperar. Ver juros aumentando. Ver o custo de pagamento de juros da dívida americana pular dos 5% atuais para o patamar brasileiro de 30%. Dá para imaginar isto em um país onde o presidente quer espaço fiscal para montar um sistema de saúde público? Juros, previdência e saúde são os três maiores focos de recursos públicos no Brasil, e assim será nos EUA. Só que lá eles tem um gigante orçamento de defesa, que assegura ao país o posto de potência militar. Alguma coisa vai ter que ceder.
http://en.wikipedia.org/wiki/United_States_federal_budget
1 de setembro de 2010
Pensamento em período eleitoral
Estava lendo um artigo do grande economista Dionisio Dias Carneiro e, ao final do artigo um "pensamento" que é muito válido aos dois principais candidatos ao Governo do País.
"Para ambos algo a pensar: quem leva a sério a responsabilidade fiscal não precisa tirar a independência do BC. Quem não leva não merece mandar no BC."
"Para ambos algo a pensar: quem leva a sério a responsabilidade fiscal não precisa tirar a independência do BC. Quem não leva não merece mandar no BC."
Argentina protege sua indústria de celulares... do Brasil?
Não sei se é para rir ou para chorar esta notícia. Argentina implementou um projeto de zona franca na Terra do Fogo, onde uns gatos-pingados montam uns celulares para vender para o mercado local. Assim como no Brasil. Uma indústria puramente oportunista, sequestrada por interesses políticos, sem nenhum pull no mercado global. Aquela velha equação: 10 pra mim, 10 pra você e 10 pro coreano se instalar em algum território inóspito, montar uma fábrica totalmente automatizada, ou apenas reembalando os produtos que chegam da China, e coletar impostos no lugar certo e assim conseguir vender seus produtos aos nossos servos, digo, cidadãos.
Como o mercado brasileiro é muito maior do que o argentino, nossos esforços protecionistas colam melhor com os fabricantes japoneses, chineses, coreanos. Aí eles passam a abastecer outros países defasados tecnologicamente com as plantas do Brasil. Ou seja, o Brasil, por seu tamanho, é 'excêntrico' em seu protecionismo.
A Argentina, simplesmente louca.
A reportagem conclui: "Contrariando o senso comum, a China vende à Argentina aparelhos mais sofisticados, que não serão montados na Terra do Fogo". Como é que isso contradiz alguma coisa se todo mundo sabe que praticamente todas as fábricas de eletrônicos do mundo terceirizaram a produção para a China? Lá eles produzem de verdade, para o mercado global, e não para vender apenas no mercado chinês, que em si já seria bastante grande.
Para mim o que contraria o senso comum é ver os argentinos abastecidos com celulares da Zona Franca de Manaus ou da Terra do Fogo... Pois é, isto é a reserva de mercado 2.0...
http://www.valoronline.com.br/?impresso/brasil/89/6469818/-apostrofo--imposto-tecnologico--argentino-trava-venda-de-celulares-do-brasil&utm_source=newsletter&utm_medium=manha_01092010&utm_campaign=informativo
Como o mercado brasileiro é muito maior do que o argentino, nossos esforços protecionistas colam melhor com os fabricantes japoneses, chineses, coreanos. Aí eles passam a abastecer outros países defasados tecnologicamente com as plantas do Brasil. Ou seja, o Brasil, por seu tamanho, é 'excêntrico' em seu protecionismo.
A Argentina, simplesmente louca.
A reportagem conclui: "Contrariando o senso comum, a China vende à Argentina aparelhos mais sofisticados, que não serão montados na Terra do Fogo". Como é que isso contradiz alguma coisa se todo mundo sabe que praticamente todas as fábricas de eletrônicos do mundo terceirizaram a produção para a China? Lá eles produzem de verdade, para o mercado global, e não para vender apenas no mercado chinês, que em si já seria bastante grande.
Para mim o que contraria o senso comum é ver os argentinos abastecidos com celulares da Zona Franca de Manaus ou da Terra do Fogo... Pois é, isto é a reserva de mercado 2.0...
http://www.valoronline.com.br/?impresso/brasil/89/6469818/-apostrofo--imposto-tecnologico--argentino-trava-venda-de-celulares-do-brasil&utm_source=newsletter&utm_medium=manha_01092010&utm_campaign=informativo
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