1 de setembro de 2010

Argentina protege sua indústria de celulares... do Brasil?

Não sei se é para rir ou para chorar esta notícia. Argentina implementou um projeto de zona franca na Terra do Fogo, onde uns gatos-pingados montam uns celulares para vender para o mercado local. Assim como no Brasil. Uma indústria puramente oportunista, sequestrada por interesses políticos, sem nenhum pull no mercado global. Aquela velha equação: 10 pra mim, 10 pra você e 10 pro coreano se instalar em algum território inóspito, montar uma fábrica totalmente automatizada, ou apenas reembalando os produtos que chegam da China, e coletar impostos no lugar certo e assim conseguir vender seus produtos aos nossos servos, digo, cidadãos.

Como o mercado brasileiro é muito maior do que o argentino, nossos esforços protecionistas colam melhor com os fabricantes japoneses, chineses, coreanos. Aí eles passam a abastecer outros países defasados tecnologicamente com as plantas do Brasil. Ou seja, o Brasil, por seu tamanho, é 'excêntrico' em seu protecionismo.
A Argentina, simplesmente louca.

A reportagem conclui: "Contrariando o senso comum, a China vende à Argentina aparelhos mais sofisticados, que não serão montados na Terra do Fogo". Como é que isso contradiz alguma coisa se todo mundo sabe que praticamente todas as fábricas de eletrônicos do mundo terceirizaram a produção para a China? Lá eles produzem de verdade, para o mercado global, e não para vender apenas no mercado chinês, que em si já seria bastante grande.

Para mim o que contraria o senso comum é ver os argentinos abastecidos com celulares da Zona Franca de Manaus ou da Terra do Fogo... Pois é, isto é a reserva de mercado 2.0...

http://www.valoronline.com.br/?impresso/brasil/89/6469818/-apostrofo--imposto-tecnologico--argentino-trava-venda-de-celulares-do-brasil&utm_source=newsletter&utm_medium=manha_01092010&utm_campaign=informativo

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