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17 de abril de 2012

Como traduzir 'business acumen' em espanhol

As empresas espanholas atualmente se dividem em quatro grupos principais de atuação:

as que investiram na construção civil durante a bolha imobiliária,

as que investiram na energia alternativa contando com os incentivos fiscais oferecidos durante a bolha de arrecadação causada pela bolha imobiliária,

os bancos que financiaram tudo isso contando com os juros baixos patrocinados pelo ECB,

e aquelas empresas mais felizardas de todas: que investiram na ARGENTINA e outras arapucas de investidor :D.

Aqui mesmo no Brasil já tem algumas virando as cartas e tomando as naus de volta pra Espanha no prejuízo.

Não aprendem nunca que não vale à pena ganhar uns pontos a mais de lucratividade se for para operar sem segurança jurídica, se for para cooperar com governos populista-demagógicos que jamais vão cumprir o acordado na hora das 'doações' debaixo da mesa e jamais vão reajustar tarifas quando a inflação que eles criam começa a vazar para todos os lados.

2 de dezembro de 2010

Epitáfio involuntário de Nestor Kirchner

Rápida tradução do sumário:

1 - Este telegrama examina o estilo único de tomada de decisão do presidente Kirchner, conhecido como 'estilo-K'. Dado o total controle de Kirchner sobre todos os aspectos do Governo Da Argentina (GDA), o conhecimento de suas motivações e métodos é fundamental para um melhor entendimento das ações do GDA.

2 - O modo pessoal, às vezes errático com que opera e toma decisões define o modo argentino de fazer política, e é caracterizado por um foco exclusivo no curto-prazo e na acumulação e manutenção diária do poder político no cenário doméstico. O estilo político doméstico de Kirchner não deixa espaço para dissidentes, e usa táticas dividir-para-conquistar para enfraquecer a oposição. Enquanto usa retórica populista de esquerda às vezes, na prática Kirchner demonstrou que suas inclinações ideológicas são sempre menos importantes do que as praticalidades da política doméstica. Estudos do perfil psicológico de Kirchner indicam uma necessidade de sempre estar sob controle, uma tomada de decisão rápida e decisiva, uma luta constante contra supostos inimigos, e uma tendência a responder aos conflitos de modo ríspido, ao invés de entrar em um processo de negociação. A política externa do governo Kirchner é sempre subserviente aos interesses políticos domésticos. O presidente Kirchner não possui experiência em diplomacia internacional, e frequentemente ignora o protocolo. Para auxiliar na tomada de decisões fundamentais, o presidente Kirchner depende de uma base de conselheiros de longa data que tem encolhido bastante ao longo do tempo. Muitos destes conselheiros também não possuem experiência internacional em assuntos econômicos e empresariais.

http://cablegate.wikileaks.org/cable/2006/06/06BUENOSAIRES1462.html

4 de outubro de 2010

Um candidato que falou de economia

Teve um. O candidato Plínio, que teve uma única proposta apresentada, em todo o tempo em que foi exposto em debates. Dar o calote na dívida. Sim, na interna também. Você investe na renda fixa? Tomou, burguês.

Plínio é ex-funça, declarou dois milhões de patrimônio. Mas, tirando esse contraste entre comunista rico e liberal pobre, assim como a gente, ele também não gosta da explosão da dívida pública.

Só que Plínio encontrou uma pedra filosofal muito melhor ainda do que a do Mantega. Uma verdadeira pedra de crack: calote geral. Deve ser isso que serve de fonte da juventude para o agitado octagenário. Pelo menos, se der errado não lhe sobra lá muitas décadas mesmo!

Que beleza que seria uma proposta dessas. Não estaríamos mais discutindo os problemas da dívida pública, e sim como obter comida, velas e outros mantimentos. E pensar que a CNBB já apoiou uma proposta dessas...

O PSOL ficaria feliz de destruir o capitalismo, voltando no tempo para corrigir este erro histórico. Voltaríamos àquela etapa anterior do desenvolvimento econômico, antes do surgimento da moeda. Construiríamos as bases de uma economia solidária centrada no escambo.

Plínio é a prova que estamos vendo um grande intercâmbio nestas eleições.
Aquele entre a classe política e a classe dos palhaços.

Se Plínio quisesse implementar algo muito mais fácil não precisaria de tanta bravata. Muito melhor que dar calote é desvalorizar a dívida. Bastaria convidar Paul Krugman para ser assessor econômico, e iniciar o 'afrouxamento monetário' aqui no Brasil. Nome de moeda para colocar no que sobrar depois não ia faltar.

25 de setembro de 2010

Democracia estilo brasileiro

Acabo de receber por telefone uma mensagem gravada do presidente Lula pedindo para votar Ideli. Ele que o faça, já que a mesma o serviu soberbamente bem, representando Lula em primeiro lugar e Santa Catarina em segundo.

Invenções como essa campanha telefônica aperfeiçoam a democracia brasileira. Só falta agora inventar uma maneira de integrar o título de eleitor com o cartão do bolsa família, cartão BNDES, e demais programas do governo. Aí seria perfeito. Aperte 13 ou retire seu cartão para confirmar. Obrigado por exercer sua cidadania.

23 de setembro de 2010

A eterna regressão autoritária

Lula respeita sim a imprensa : lhe dá total liberdade para imprimir confete e serpentina... Mas ao apurar casos de corrupção que prejudicam o andar da campanha, a imprensa sai de sua alçada e é irresponsável e 'mentirosa', embora não especifiquem quais foram as supostas mentiras.

A imprensa 'neutra', como querem os petistas, é aquela que não altera o rumo da campanha, e respeita o uso da imprensa chapa-branca, que altera à favor ( aí pode ).

Os petistas querem se justificar no poder com base do consenso popular, e confundem isso com democracia. É a primeira vez na minha vida que vejo um partido se colocar acima de denúncias de corrupção e acusar os mensageiros. É exatamente por isso que estão na trilha do fascismo/populismo de esquerda, porque ter a maioria ao seu lado absolutamente não exime o líder e o partido de seguirem as leis. Mas o estado, representado pelo partido, e, pior ainda, por um único LÍDER, no fascismo está incomparavelmente acima das críticas.

Se eles persistirem no poder, não perco as esperanças. Aventuras populistas como esta que estamos passando sempre acabam mal. O país tem muito potencial, o que pode fornecer muito gás. Mas a dinâmica de destruição de valor já foi deslanchada.

Aí frequentemente o líder paternalista, amado quando tudo vai bem, acaba sendo também apeado do poder em tempo recorde, quando começa uma crise econômica ou eventos fora de controle atingem em cheio o homem comum.

Assim como o sol parece brotar da aura dele, quando eventos igualmente fora de controle melhoram a qualidade de vida da população, quando as coisas começam a dar mal ele também é culpado por tudo.

A democracia deveria ser governada pelas leis, tanto acima de momentos de popularidade quanto de crise. Petistas estão mostrando neste episódio de abertura das entranhas corruptas do partido em véspera de campanha o quanto não estão preparados para serem um partido democrático. Estamos vendo pela enésima vez a forma boa de democracia dentro da lei se degenerar na forma mais abjeta de democracia, aquele populismo autoritário com a simpatia popular, com a cumplicidade do partido, mas também de grande parte dos empresários e intelectuais que deveriam ter feito alguma coisa mas preferem aderir ao irresistível movimento político.

Mas o PT é só mais um. Infelizmente isto sempre existiu na história da humanidade.

5 de julho de 2010

Ideias mofadas e neuroses até no futebol

Site de instituto da UFSC divulga esta original intepretação da Copa do Mundo, mostrando que os imperialistas (sic) aliados à burguesia (sic) são os reais responsáveis pelas derrotas dos latino americanos. E pensávamos que isto tinha a ver principalmente com futebol.

1 de julho de 2010

Chávez no estilo Dilma em 1998

Não deixem de assistir este vídeo histórico do 'comandante' em um belo estilo 'paz-e-amor', agora adotado pela companheira Dilma.

A palavra chave é perguntar sobre Cuba. Pergunte à Dilma sobre Cuba e Venezuela, e se ela começar a falar de auto-determinação dos povos, já sabe o que ela quer dizer. Mas esta auto-determinação dos povos só não vale em Honduras...

E reparem no figurino... Só faltou botarem um Armani no troglodita. Isso foi antes da transformação em Chapolin Colorado.

http://www.youtube.com/watch?v=cvbdMg-X5GQ

Dica retirada do site do Rodrigo Constantino.


28 de abril de 2010

Lula estuda criar o 'bolsa copa' para campeões das copas do passado

Por onde eu começo essa? Criticando a demagogia absurda de se misturar política com futebol, fazendo caridade com dinheiro público? Criticando a iniciativa de se fazer uma lei retroativa, para premiar um time de futebol? Ou que tal se vossa excelência agora começar a baixar decretos tendo como alvo grupos em particular? Ou que tal leis que só valem para o devido nome e sobrenome?

Já que é tão grande assim o amor pelo futebol no Brasil, porque não organizam alguma campanha, bastaria uma declaração do presidente e a mídia tomaria a causa. Muitos ajudariam esses ex-jogadores que administraram mal suas carreiras. Ou, se quisesse, poderia alvejar a entidade privada CBF, uma máquina de fazer dinheiro, e obrigá-los a lidar com esse problema.

Mas não. O Brasil não precisa disso, porque agora o Brasil tem rei. Um rei querido e iluminado porque nasceu em uma manjedoura e chegou lá para nos redimir, e distribuir os recursos infinitos da grande nação com sua bondade e sabedoria. E esse rei é fanático por futebol, como a maior parte de seus súditos.

Jânio Quadros entrou para a estória brasileira por baixar decretos esdrúxulos, como o proibindo a rinha de galos, o biquini, e o carteado. Lula busca deixar também seu factóide na história brasileira. Ele já vinha flertando com essa idéia desde 2008. Não dá para negar que este decreto, se for baixado, será a cara da era Lula.

http://www.cadaminuto.com.br/index.php/noticia/2010/03/25/bolsa-copa-governo-federal-vai-premiar-jogadores-campeao-do-mundo

16 de dezembro de 2009

A cidadania das massas

No conceito de governo popular que os autoritários sonham, não podem existir intermediários entre o governante e a massa. A recente batalha dos autoritários de esquerda contra a imprensa na América Latina é mais um exemplo desta atitude.

O que oferece legitimidade ao governo popular é o apoio de uma massa de gente, desassistida e desagregada. Sem educação, sem perspectivas, sem articulação.

Não é necessário ser cristão ou socialista para fazer uma opção pelos pobres. É do interesse de todo oportunista político fazer uma opção pelos mais pobres, pois são os votos mais baratos. É o mais lógico. Esta é a famosa demagogia, o familiar regime de clientelismo, onde o pobre não 'acha' nada. Seu papel é posar para a foto e concordar. Seu papel é de 'simpatizante'.

É a esta gente carente que os políticos chamam de 'cidadão', de boca cheia.

Já os educadinhos, com dinheiro, articulação, e podendo emitir opinião contrária ou não, estes são indesejáveis, incômodos. Se estiverem do seu lado, melhor. Se for possível comprá-los, melhor. Se não, pior para eles. Quem não sair da frente será soterrado.

A ironia é que estes são, justamente, os que teriam condições plenas para exercer a cidadania.

Eram muitos poucos os cidadãos nas democracias antigas. A maioria das pessoas era escravo, servo, ou cidadão de segunda classe.

O grande sonho da democracia moderna era o de fazer o 'upgrade' destas massas para a cidadania plena. Só que às vezes, como mostram as várias tentativas frustradas de democracia em países subdesenvolvidos, é mais fácil e conveniente fazer o caminho inverso: o 'downgrade' dos emancipados para um servilismo referendado pelas massas populares.

A liberdade de informação é sacrificada neste pacote, juntamente com outras liberdades essenciais 'que não enchem barriga de ninguém'.

Segundo Aristóteles, a democracia seria nada mais que uma tirania exercida pelas massas. Via tal governo com grande suspeita, pois a experiência antiga mostrava que o governo exercido por uma massa de pessoas desinformadas e despreparadas rapidamente converge para o caos, para a agressão mútua. E, quando o caos chega a um nível insuportável, o resultado é a instalação de algum tirano.

A experiência moderna infelizmente confirma Aristóteles. Vemos no longo da história esta estratégia demagógica sendo usada repetidas vezes justamente por líderes carismáticos, com consequências catastróficas. Jogue um grupo contra outro, destrua a sociedade, e colha os pedacinhos.

Aristóteles diferenciava essa democracia, com essência demagógica e auto-destrutiva, da 'politia', onde o governo dos muitos é temperado pela observância de leis claras, e pela construção de instituições respeitáveis, acima mesmo dos sabores da vontade popular. Analistas modernos enfatizam a necessidade de se temperar a democracia com um serviço público profissional, bem longe dos recentes 'loteamentos ideológicos' que estamos observando nos últimos tempos.

É certamente a este tipo de governo que deveríamos almejar. Que a cidadania plena seja disponível para todos os que se esforcem por obtê-la, e que sacrifiquem alguns minutos de seus afazeres diários para se informar sobre o que se passa.

Infelizmente, vemos, como no caso brasileiro, uma transição suave do autoritarismo e do voto de cabresto para a demagogia e para um conceito de cidadania de massas completamente manipulado pelos políticos. O voto desinformado é privilegiado. A informação é controlada. A justiça protege a honra dos políticos, e estipula quanto e o que pode ser dito em campanha eleitoral.

Nestas condições, e em face dos acontecimentos recentes, cada vez mais vejo o sistema político brasileiro como um autoritarismo referendado por voto coagido. É permitida a livre manifestação e livre escrutínio dos governantes, desde que os olhos não olhem para o lado errado e não se viole as muitas disposições em contrário...