Como já era de se esperar, o projeto de Eike Batista em Santa Catarina esbarrou em licenças ambientais. As lideranças políticas locais podem abrir todas as portas e pressionar a Fatma para aprovar o projeto. Mas o governo federal possui também seu instituto, o ICMBio, em mais um episódio de funções duplicadas e intervenção federal nos estados.
O ICMBio aponta os possíveis danos às espécies de botos e golfinhos, e possíveis perdas para a indústria pesqueira e turística local.
Esse é o problema com o modelo de 'natureza intocável' dos ecologistas. Não há cálculo econômico, e a um 'possível dano' é atribuído valor infinito. Mesmo que o possível dano seja de atividades que trazem muito menos recursos. E as considerações aos animaizinhos tem sempre prioridade.
Já nos países autoritários, onde os projetos são tocados pelo deus estado, geralmente é dado valor zero aos possíveis danos ambientais e dane-se pescadores, animaizinhos e população local.
O valor verdadeiro do dano ambiental, ninguém sabe, ninguém quer saber. Digamos que o dano seja estimado em 100.000 R$ por ano, e a empresa se comprometa a investir 10x mais para compensar os prejudicados. Mas não, desta solução ninguém quer saber. É mais uma questão política e burocrática. Aí um belo dia uma ligação chega uma ligação do Planalto ao ICMBio e pronto, projeto aprovado.
Assim parece ser a lógica das autarquias ambientais. Vamos ver se estas autarquias vão ser tão severas com o 'pré-sal' da PTrobrás, apesar do vazamento em águas profundas da BP estar estampado nos jornais.
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