http://blogs.estadao.com.br/paul-krugman/2012/03/26/historias-de-sucesso/
A maneira mais rápida de curar uma bebedeira é realmente adotar a abstinência, mas antes passar no banheiro e purgar o organismo da bebida. Senão vai demorar muito mais tempo.
O governo da Irlanda decidiu nacionalizar o sistema bancário, não permitiu o desmoronamento de setores artificiais de sua economia antes de se adequar a um programa de reformas que seria necessário para fechar as contas no dia seguinte. Decidiram carregar este coquetel tóxico no estômago por muitos anos.
Se a Irlanda fosse uma paciente chegando a uma clínica de recuperação, deveria passar urgentemente por uma lavagem estomacal.
O mesmo aconteceu com a Grécia, que se recusa a dar um calote porque sabe que isso significaria viver sem seu estado de bem-estar, abrir mão de uma série de confortos que foram prometidos aos gregos, mas que foram simplesmente financiados por endividamento em linhas de crédito européias.
Estes deram entrada na clínica com uma garrafa de pinga escondida na sacola. Se recusam a largar a 'marvada'. Assinariam o que fosse preciso para conseguir mais uma dose do barman europeu.
Mas é claro que nenhuma destas coisas faz sentido para o Sr Krugman, que acredita que a melhor maneira de fazer esse tratamento é simplesmente servir uma dose ainda mais pesada para o paciente. Coisa aliás que foi posta em prática hoje pelo Sr Bernanke, que serviu ao mercado mais uma rodada de estimulantes. Vai mais uma aí?
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