29 de dezembro de 2009

Forrest Gump, o homem do ano

A eleição do bravateiro como homem do ano pelo jornal Le Monde revela uma conjuntura pobre de personalidades. Será que não há um outro homem para fazer frente a uma das personalidades mais fracas das últimas décadas? O Obama, evidentemente não conta, apesar do prêmio nobel, tem se revelado um bundão.
Algumas cartas publicadas no Estadão sugerem um relação dessa eleição com a venda dos jatos militares franceses ao Brasil. Não acredito nessa versão. A verdade é que o jornal Le Monde reflete uma fascinação humanista tipicamente francesa, quase um orgasmo antropológico, pelo operário esquerdista que chegou ao poder; mas esconde também uma cegueira proposital dos fatos, ao esquecer a vergonhosa aproximação com as ditaduras do Sudão e do Irã, além do apoio ao golpismo bolivariano em Honduras e de um populismo irresponsável.
Ontem o escritor Mário Vargas Llosa elegeu sarcasticamente o hipopótamo owen e a sua mãe adotiva, uma tartaruga, como as personalidades do ano. Se o Forrest Gump deixasse de ser um personagem de ficção, teria sido ele o eleito.

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