2 de agosto de 2011

No fundo eles sabem que funciona, mas quem vai tapar o rombo?

O governo deve estar mesmo desesperado com a deterioração da economia. Porque quando eles estão realmente muito, muito desesperados eles mostram que sabem que só tem uma coisa que funciona : corte de impostos, desoneração, redução do custo-Brasil.

Claro que isso contrasta com todas as promessas que eles fazem ao outro lado, mas por um tempo eles querem ter as duas coisas.

Eles estão para baixar mais um de seus decretos hoje que isenta setores da indústria intensivos em mão-de-obra de pagar a 'contribuição patronal' do INSS de 20%, um dos maiores entraves para a criação de empregos e para a competitividade do Brasil de um modo geral.

Imagine o progresso que teríamos no Brasil se esta peso enorme fosse retirado da nossa economia. Apenas podemos imaginar o que seria a economia desse país se este e outros entraves fossem removidos.

Claro que o decreto contém inúmeras outras medidas, mas o que realmente interessa é essa aí, e por isso o governo teve que obter o consentimento de sindicatos antes de anunciar.

Com isso o INSS deixa de ser uma pedra no pé apenas de alguns setores selecionados, mas tem um 'pequeno' probleminha, vai ser certo o crescimento de um rombo no INSS, que segundo a notícia, 'será coberto com dotações do tesouro'. Hum, interessante...

A realidade é que em algum momento nosso país vai ter que encarar este problema de frente, e quero ver os políticos na televisão tentando explicar aos 'segurados' enfurecidos do INSS que o sistema não passa de um esquema de pirâmide, que os brasileiros pegaram e conseguiram piorar ainda mais com suas aposentadorias precoces. Isto só vai acontecer quando o país for colocado contra a parede pelos seus financiadores, como acontece com alguns países da Europa.

Claro, esta mensagem ninguém vai querer ouvir. Então esta medida é positiva em dose dupla, primeiro por nos dar um gosto do que seria um setor industrial que não fosse obrigado a sustentar um esquema de pirâmide que os governos passados prometeram aos brasileiros, segundo porque é mais uma volta que a corda dá no próprio pescoço do atual governo, que está se enforcando bonito no próprio legado da era Lula que eles mesmos criaram.

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