Breaking news:
The dollar today reached new lows against the yen, at some moment being traded at 76.3 yen for the dollar, a level never seen on last decades. Strong money flows are going back in Japan from foreign subsidiaries in order to have adequate cash provisions for the reconstruction, and a possible carry-trade unwinding may be adding to the problem. The yen may strengthen in the short term and experience very high volatility.
Update: The trading conditions were very thin, read more on
http://finance.yahoo.com/news/Japanese-Yen-Breaks-to-Record-fxcm-3753720745.html?x=0&.v=1
The puzzling question is how can Japan afford to keep a strong yen given the weak fiscal position of their government. The BOJ will intervene strongly creating trillions of yens on the next days, there are power shortages to persist in the next months, they will be importing materials for reconstruction, and many producers have suffered damages or shut down their plants to save energy.
We give our best wishes to the people affected by this terrible disaster that killed thousands of people and destroyed homes, factories and essential infrastructure. But while its toll in lives is certainly not comparable to, in financial terms there is an even bigger disaster hanging over Japan, which is the man-made disaster of its government record-high debt.
That debt is unsustainable given the prospects of a shrinking population base. All this was known before the tragedy happened. More than half of the japanese budget comes from rolling the debt. They have big saving rates, of course, and everybody knows that. But when a country pays only around 1% interest and still interest payments represent one third of all tax revenue, you see there is a big problem. A mere 3% interest rate and Japan would be broke, using all its tax revenue to roll its debt. On the japanese case, with domestically funded debt, there would be no other alternative than a massive devaluation on the Yen.
Japan will surely handle this nuclear crisis and the reconstruction after the earthquake. Many economists close to the 'broken window' school of economics even claim this is a big opportunity for recovery. Surely it will be a good opportunity for companies in the building and material sector, but for Japan and for the world the net result is obviously negative.
For they will have to spend what they do not have in order to rebuild what they already had. The nuclear power base is going to be reassessed all over the world, and the alternatives will certainly not be cheaper.
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O dólar hoje rompeu um récorde em relação ao iene, sendo negociado por 76.3 ienes por dólar, um nível jamais visto nas últimas décadas. Podemos observar um forte movimento de repatriação de capital em direção ao Japão, com a remessa das filiais estrangeiras para que as matrizes possam fazer caixa para arcar com custos de reconstrução. Há também uma possível reversão dos movimentos de carry-trade que podem estar se compondo a este problema. O iene pode se valorizar no curto-prazo e experimentar altos níveis de volatilidade.
Mas a grande questão no momento é como pode o Japão manter um iene forte dada a frágil posição fiscal de seu governo. O BOJ irá intervir nas próximas semanas como tem feito, criando trilhões de ienes. Teremos racionamentos e cortes de energia, o Japão estará importando matérias primas para a reconstrução, e muitos produtores sofreram danos ou fecharam as fábricas para contribuir com a economia de energia.
Neste momento fazemos votos de solidariendade à população afetada por este desastre terrível, que matou milhares de pessoas e causou a destruição de lares, fábricas e infra-estrutura essencial para o funcionamento de uma sociedade moderna. Mas se o custo em vidas é certamente imcomparável, o custo econômico pode ser maior ainda graças ao desastre ainda maior feito pelo homem, o desastre das contas públicas japonesas.
A dívida pública japonesa entrou em uma situação insustentável para um país com o quadro demográfico do Japão. Tudo isso é bem conhecido mesmo antes do terremoto. Mais da metade do orçamento japonês vem da rolagem dos títulos da dívida. Eles possuem umas das maiores taxas de poupança do mundo, e todos sabem disso. Mas o problema é que quando um país paga apenas 1% de juros em seus títulos, e mesmos assim isto compromete um terço de toda a arrecadação, temos claramente um problema. Meros 3% de juros comprometeriam a totalidade da arrecadação com o pagamento dos títulos da dívida. E quando um país chega a uma situação destas não há outra saída que não seja desvalorizar fortemente a sua moeda.
O Japão vai certamente contornar os problemas desta crise nuclear e realizar com sucesso um grande esforço de reconstrução após este terremoto. Muitos economistas do estilo 'janela quebrada' até mesmo clamam que isto será uma bênção para a recuperação econômica japonesa. Com certeza será uma oportunidade para empresas de contrução e de materiais, mas para o Japão em geral e para o mundo o efeito final é certamente negativo.
Pois o país precisará gastar o que não tem para reconstruir o que eles já tinham antes da catástrofe. A base nuclear do mundo todo será reavaliada em favor de outras alternativas certamente mais caras.
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