Boa parte da consolidação vista até agora foi feita com o apoio do BNDES, que injetou recursos em grandes empresas como JBS e Marfrig
Um ano e meio e dez frigoríficos depois, um quadro de concentração ainda maior se desenha no setor de carne bovina. Especialistas preveem que no médio prazo - cerca de cinco anos - restarão apenas quatro empresas no setor. Num horizonte de mais de dez anos, estimam que sobrarão apenas duas ou três.
Boa parte da consolidação vista até agora foi feita com o apoio do BNDES, que injetou recursos em grandes empresas como JBS e Marfrig. A ação do banco provocou queixas entre as empresas de pequeno e médio portes, que se sentem preteridas diante de um pequeno grupo de escolhidos.
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Comento: Em algumas situações de mercado a consolidação acontece naturalmente. Quando um mercado está competitivo demais, quando metade das empresas está jogando a toalha, alguém vai ter que ser absorvido pelo mais lucrativo. Isto temporariamente prejudica o interesse do consumidor, que vai pagar mais caro pelo produto. Diminui a competição, aumenta a cartelização, mas viabiliza a lucratividade deste mercado. Depois de alguns anos, com alguma nova idéia para desafiar as empresas que detém a maior fatia de mercado, novos competidores entram neste mercado, que agora possui retorno acima da média, graças à consolidação.
Isto tudo é bastante diferente quando um banco estatal, usando o critério de claro favorecimento político, decide bancar certos empresários para saírem comprando os competidores menores. Isso é um verdadeiro crime contra o consumidor. É mais uma prova do papel nefasto que este anacrônico banco de desenvolvimento estatal chamado BNDES opera na economia brasileira.
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