Como eu gostaria que à frente desse movimento Tea Party estivesse o Ron Paul. Mas a política sendo o que é, veremos no Tea Party uma mistura de temas para agradar ao eleitorado mais conservador, inclusive itens da agenda religiosa e conservadora, o que vai atrair algumas críticas fáceis.
Agora, o que interessa para a recuperação é saber se austeridade e equilíbrio de contas sem aumento de impostos continuará no pacote desse movimento ou não, uma vez sentidos os efeitos. Porque assistencialismo também pode fazer parte da agenda religiosa e conservadora.
Mesmo assim, vejo mesmo no Tea Party dos EUA algo muito mais próximo da atitude cívica de um cidadão adulto do que um monte de 'indignados' com o término dos programas sociais, culpando bodes expiatórios ( FMI, Merkel, Banco Mundial ) e cantando hinos em praça pública.
Rumo, eles não tem. Se soubessem algo sobre mercado de trabalho, exigiriam, por exemplo, a redução dos entraves trabalhistas espanhóis. O tipo de proposta que não causa a mínima excitação nestes grupos.
Ao contrário, exigem empregos e assistencialismos, de maneira não muito diferentes dos rioters do Reino Unido, que 'exigem' um gadget ou um produto, sendo que estes já não chamam isso de democracia, e simplesmente quebram a vidraça e pegam o que querem.
Mas revolta e energia de sobra eles tem, e no pior caso isso pode levar para a Europa agitações violentas como a das capitais da primavera árabe. Se formos ver o perfil social da primavera árabe, jovens, formados, confusos e sem futuro, veremos que a Europa não está tão longe assim dessa realidade.
Apesar disso, os tea-parties, com propostas reais e organizando reuniões em seus quintais é que vão ser chamados de fanáticos.
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