Estado: Pesquisadores dizem que o sistema de importação do CNPq, o Importa Fácil, é difícil.
Presidente do CNPq:
Estamos tomando medidas para mudar isso. O Importa Fácil tem etapas e, se você estiver treinado nessas etapas, é fácil. O único problema é que só pode ser feita a importação pelos Correios. Se tiver treino e não esquecer nenhum papel, é fácil. Estamos preparando um curso de educação à distância, de no máximo uma hora, para ensinar a fazer uma importação. Mas fazer importação no Brasil é, muitas vezes, mais difícil que nos Estados Unidos. Isso porque temos uma lei de 1990 que dá isenção de taxas e impostos à importação para pesquisa. Se por um lado é bom, porque te permite comprar mais coisas com o mesmo dinheiro, é a razão de tanta burocracia. Nos EUA não tem dispensa de imposto. Por isso há empresas especializadas em importar para fornecer material aos pesquisadores.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,e-preciso-promover-pesquisa-nas-empresas,669760,0.htm
Comento:
Muito da nossa burocracia se explica pelo protecionismo brasileiro. Para estimular a indústria eles colocam uma muralha em volta do país, e assim somos sempre os últimos a adotar as novas tecnologias, os últimos a ficar sabendo, e no final os que pagam mais caro por ela.
Isto atinge o astrônomo amador, o fotógrafo, o cientista do CNPq, o viciado em tecnologia que desenvolve aplicativos e quer obter sempre os últimos gadgets, que por aqui são tarifados abusivamente.
E afeta até mesmo as próprias indústrias abaixo da cadeia que precisam comprar de fornecedores locais máquinas e componentes piores e mais caros, ou então pagar os impostos abusivos e empregar gente cuidando de importação de componentes, e lidando com as inúmeras surpresas da receita federal.
Este sistema afeta todo mundo, na verdade, até chegar ao consumidor final que compra um produto com tecnologia de 5 anos atrás recém lançado no Brasil pagando o dobro do preço lá de fora. É um sistema que não funciona e que funciona particularmente mal na área de tecnologia.
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