Gostei muito deste artigo do Huffington Post:
Hoje o mundo se pergunta quem irá dominar o Egito. Amanhã perguntará, quem irá alimentá-lo. Porque independente de qual seja a facção que emerja vitoriosa da luta pelo poder, terá de alimentar uma população completamente dependente de trigo importado e de programas de subsídio de compra de comida. E isso não será tarefa fácil.
http://www.huffingtonpost.com/robert-walker/who-will-feed-egypt_b_816495.html
Não será tarefa fácil, porque o sistema de subsídios deve ter distorcido completamente o setor agrícola deles, e o aumento do preço do trigo no mercado internacional impacta diretamente o orçamento do governo. É como se o benefício de um salário-mínimo que se paga no Brasil dependesse de uma variável externa fora do controle do governo.
Aqui o estado se mantém no poder dando dinheiro, e lá dando pão, em uma situação de pobreza já bem diferente da situação brasileira. Se o estado falhar por causa de crises políticas e incapacidade de rolar sua dívida, a população tem o subsídio removido de uma hora para a outra, e deixa de pagar de 4 a 6 vezes menos e passa a pagar o preço real do produto.
Pior ainda, se o país quebrar completamente e não tiver recursos para importar os alimentos que mantém o status-quo por lá há décadas. Nenhum exportador de trigo vai embarcar o produto sem pagamento antecipado, e milhões de pessoas vão morrer de fome por causa da rapidez de desmoronamento destas políticas.
http://www.nationmaster.com/graph/agr_gra_whe_imp-agriculture-grains-wheat-imports
Temos muitos outros países na mesma situação. Iraque, Cuba, Iêmen, Tunísia, Jordânia.
http://www.nationmaster.com/plot/agr_gra_whe_imp_percap-grains-wheat-imports-per-capita/eco_gdp_percap-economy-gdp-per-capita/peo_pop
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